Sócrates promete mais dinheiro para o superior
O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou ontem ao Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas a intenção de aumentar as verbas para o ensino superior. A informação foi dada ao DN pelo ministro da tutela, Mariano Gago, que participou no encontro à porta fechada que decorreu no Palácio de São Bento."Foi uma reunião inicial, onde o senhor primeiro-ministro teve ocasião de anunciar aos responsáveis das instituições a intenção do Governo de dar mais prioridade, nomeadamente ao nível do Orçamento de Estado, ao ensino superior."Sem adiantar valores, o ministro explicou que "não se trata de aumentar de forma indiscriminada o orçamento das instituições", mas antes de "aumentar o volume global, de uma forma seleccionada e em função de metas concretas" pré-acordadas. "No fundo, tratou-se de transmitir a prioridade na qualificação de mais jovens e a importância das instituições para esse objectivo."ISCTE avança para fundaçãoO que "não esteve em cima da mesa" na reunião, segundo o ministro, apesar de ontem se ter esgotado o primeiro prazo criado para esse efeito, foi o interesse das instituições públicas em transformarem-se em fundações: "Foi feito um ponto de situação, mas não se aprofundou o tema." O Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresa juntou-se ontem às universidades do Porto e de Aveiro na lista de entidades que decidiram dar início a negociações com a tutela. Porém, a maioria das instituições do sector alega "falta de informação e regulamentação" da possibilidade [prevista no novo regime jurídico do sector], e prefere esperar por Junho, quando estará concluído o processo de revisão dos estatutos das universidades, para decidir.Mariano Gago desmentiu que falte informação, passando o ónus para as instituições. "Não está prevista qualquer regulamentação adicional. As regras são claras e cabe às instituições interessadas fazer os estudos e demonstrar ao Governo a sua capacidade para a transformação." Um processo negocial que espera ver concluído "em três meses".Para já, o ministro considerou "particularmente gratificante" a existência de "três instituições de renome que estão prontas a dar um passo que lhe pode dar grande autonomia mas exige também grande capacidade de gestão e de produção de receitas próprias".
11.1.08
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Etiquetas:
Ensino Superior
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