Gomes Canotilho defende organização das Universidades
O constitucionalista Gomes Canotilho defendeu hoje que as universidades portuguesas, enquanto centros de investigação por excelência, devem organizar-se de forma a conseguirem reconhecimento internacional para obterem os financiamentos de que carecem.
Por isso mesmo, Gomes Canotilho exortou hoje a que se encarem «com serenidade» as transformações no ensino superior na Europa e em Portugal - entre as quais se destaca o novo Regime Jurídico, que permite por exemplo que as universidades públicas possam passar a fundações.
Ao apresentar uma «oração de sapiência» na sessão solene do XV aniversário do Instituto Superior Bissaya Barreto, em Coimbra, o professor catedrático frisou que há hoje novos paradigmas em implantação em termos organizativos que colocam às universidades de grande prestígio o desafio de reocupar o seu lugar.
Na sua perspectiva, o novo paradigma aproxima-se do modelo anglo-saxónico, em que o sistema organizativo de representação é substituído pelo de delegação, o que acaba por «tornar mais visível quem deve prestar contas».
Para Gomes Canotilho, o modelo saxónico «pressupõe outro tipo de economias, outro tipo de país», mas «não é miragem uma cidade pequena ter um universidade de excelência», como é o caso de Friburgo, na Alemanha, que academicamente lhe é familiar, já reconhecida como tal numa urbe com cerca de 200 mil habitantes, de dimensão similar a Coimbra.
«Há o desafio de um regime que possibilite uma estratégia clara, porque quem não tem estratégia não tem ideias», observou, numa intervenção subordinada ao tema «O ensino universitário face às novas realidades do mundo actual: desafios e dilemas».
Gomes Canotilho entende que a cada instituição cabe «saber escolher, e criar clusters de excelência».
Em termos de investigação, a ideia do investigador solitário e livre terá hoje de ser substituída por um modelo em rede, mas com o investigador a trabalhar em liberdade.
Reportando-se ao caso da Universidade de Coimbra, onde se insere a Faculdade de Direito a que está ligado, Gomes Canotilho frisou que apesar de continuar a ser a primeira portuguesa no ranking do Times «caiu 40 lugares, e já não é a melhor da CPLP», por ter sido ultrapassada pela brasileira de S. Paulo.
«Não é nenhuma fatalidade, pois temos centros de investigação de excelência», frisou, realçando que estes terão de estar organizados segundo o modelo que lhe permita o reconhecimento internacional para obterem os financiamentos de que carecem.
Na sua perspectiva, para que Coimbra seja «cidade do conhecimento», como se intitula, «não basta dizer que o é, é preciso demonstrá-lo».
As comemorações do XV aniversário do Instituto Superior Bissaya Barreto integram-se no 50º aniversário da fundação patrona. Hoje foi também lançada uma publicação alusiva aos 50 anos da Fundação Bissaya Barreto.
Por isso mesmo, Gomes Canotilho exortou hoje a que se encarem «com serenidade» as transformações no ensino superior na Europa e em Portugal - entre as quais se destaca o novo Regime Jurídico, que permite por exemplo que as universidades públicas possam passar a fundações.
Ao apresentar uma «oração de sapiência» na sessão solene do XV aniversário do Instituto Superior Bissaya Barreto, em Coimbra, o professor catedrático frisou que há hoje novos paradigmas em implantação em termos organizativos que colocam às universidades de grande prestígio o desafio de reocupar o seu lugar.
Na sua perspectiva, o novo paradigma aproxima-se do modelo anglo-saxónico, em que o sistema organizativo de representação é substituído pelo de delegação, o que acaba por «tornar mais visível quem deve prestar contas».
Para Gomes Canotilho, o modelo saxónico «pressupõe outro tipo de economias, outro tipo de país», mas «não é miragem uma cidade pequena ter um universidade de excelência», como é o caso de Friburgo, na Alemanha, que academicamente lhe é familiar, já reconhecida como tal numa urbe com cerca de 200 mil habitantes, de dimensão similar a Coimbra.
«Há o desafio de um regime que possibilite uma estratégia clara, porque quem não tem estratégia não tem ideias», observou, numa intervenção subordinada ao tema «O ensino universitário face às novas realidades do mundo actual: desafios e dilemas».
Gomes Canotilho entende que a cada instituição cabe «saber escolher, e criar clusters de excelência».
Em termos de investigação, a ideia do investigador solitário e livre terá hoje de ser substituída por um modelo em rede, mas com o investigador a trabalhar em liberdade.
Reportando-se ao caso da Universidade de Coimbra, onde se insere a Faculdade de Direito a que está ligado, Gomes Canotilho frisou que apesar de continuar a ser a primeira portuguesa no ranking do Times «caiu 40 lugares, e já não é a melhor da CPLP», por ter sido ultrapassada pela brasileira de S. Paulo.
«Não é nenhuma fatalidade, pois temos centros de investigação de excelência», frisou, realçando que estes terão de estar organizados segundo o modelo que lhe permita o reconhecimento internacional para obterem os financiamentos de que carecem.
Na sua perspectiva, para que Coimbra seja «cidade do conhecimento», como se intitula, «não basta dizer que o é, é preciso demonstrá-lo».
As comemorações do XV aniversário do Instituto Superior Bissaya Barreto integram-se no 50º aniversário da fundação patrona. Hoje foi também lançada uma publicação alusiva aos 50 anos da Fundação Bissaya Barreto.
8.1.08
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Etiquetas:
Ensino Superior
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