Roberto Carneiro à frente de equipa que vai avaliar programa Novas Oportunidades
O ex-ministro da Educação, Roberto Carneiro, vai encabeçar a equipa que vai avaliar o programa de qualificação escolar Novas Oportunidades, afirmou hoje o ministro do Trabalho e da Solidariedade, Vieira da Silva, num debate temático na Assembleia da República.Segundo Vieira da Silva, o programa terá uma avaliação externa “longa e em profundidade”.A equipa de Roberto Carneiro “acompanhará o efeito e a eficácia dos centros Novas Oportunidades”, tendo o Governo encomendado ainda um “estudo de avaliação” do programa que deverá estar feito este ano.Vieira da Silva aproveitou para referir que mais de 350 mil pessoas aderiram ao programa no espaço de dois anos, 80 mil dos quais já terminaram. Segundo o ministro, a iniciativa “é uma resposta central a prementes necessidades sociais” na área da qualificação e emprego.O social-democrata Pedro Duarte criticou o facto da vertente jovem do programa promover a ideia “de sucesso escolar e realização sem esforço, trabalho e exigência”. O PSD defende a criação de um “observatório independente do Governo” que faça auditorias ao programa.Já o deputado do CDS-PP, José Paulo Carvalho, exigiu que o Governo esclareça “quais os índices de empregabilidade” após ingressar no programa das pessoas que estavam desempregadas.José Miguel Gonçalves, do partido ecologista “Os Verdes”, quer saber dos “resultados imediatos” do programa, prometidos pelo Governo há dois anos.O ministro respondeu que “ainda não se pode avaliar o percurso dos beneficiários”, ressalvando que o “peso no emprego dos trabalhadores qualificados tem vindo a crescer”.O PCP, na voz do deputado Miguel Tiago, acusou o Governo de “manipulação estatística” ao apresentar números de “reconhecimento de competências em massa” sem que se verifique “um verdadeiro processo de aprendizagem e qualificação”.Ana Drago, do Bloco de Esquerda, receia que, ao apelar a jovens a partir dos 18 anos, o programa desincentive o seu percurso escolar. A deputada questionou a qualidade da formação dada aos adultos que, em alguns casos, se resumirá a uma “certificação quase administrativa”.Segundo o portal da iniciativa, "o objectivo definido no Programa do Governo (...) é o de fazer com que as vagas em vias profissionalizantes representem, em 2010, metade do total de vagas ao nível do ensino secundário". Além disso, pretende "qualificar 1.000.000 de activos até 2010".
11.1.08
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