No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Ministra aceita "experiências pedagógicas"

22 de Janeiro de 2008, Jornal de Notícias

Experiências pedagógicas para melhorar a organização do sistema de ensino? Faz sentido englobar os nove anos de escolaridade obrigatória num único ciclo, abandonando os três existentes actualmente? Durante a inauguração, ontem de manhã, do jardim-escola João de Deus, em Santarém, a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, abordou estes assuntos, que tanta polémica têm gerado, defendendo que se "criem experiências no terreno de formas diferentes de organização".A governante mostrou mesmo "disponibilidade para trabalhar" com a Associação de Jardins-Escolas João de Deus, no sentido de criar uma experiência pedagógica, que permita que o estabelecimento de ensino passe a leccionar o 2º ciclo, mas lembrou que é imperioso "perceber como se processará a ligação ao 3º ciclo". Foi a resposta de Maria de Lurdes Rodrigues ao repto lançado, minutos antes, pelo presidente da associação, Ponces de Carvalho, que considerou que "as crianças de 9 anos são pequenas para saírem para uma escola maior". O apelo dominou o discurso da ministra, que admitiu que o sistema de ensino de hoje "dá sinais de fragilidade". Sobretudo devido à ausência de uma ligação efectiva entre os diferentes níveis. Essa "necessária articulação" que o Governo tem vindo a promover, afirmou, iniciou-se no mandato anterior com a criação dos agrupamentos e prossegue com o "ajuste em curso ao currículo do ensino básico". Por outro lado, para a governante, "a abertura da escola ao exterior é um princípio muito importante", considerando que "as autarquias representam interesses legítimos locais", pelo que é fundamental que possam participar, tais como outros profissionais e os pais. Tal corresponde a uma "mudança de paradigma", com "riscos" inerentes, mas o modelo actual de centralização e responsabilização dos professores está obsoleto.

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