No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Novo programa de Matemática do Básico está mais razoável mas mantém problemas

06.01.2008 , Jornal de Notícias

O presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM), Nuno Crato, considera que o programa da disciplina para o ensino básico agora homologado pelo Ministério da Educação é mais razoável que a versão preliminar, mas mantém algumas críticas.O Ministério da Educação anunciou que o secretário de Estado Valter Lemos homologou e colocou “on-line” o Programa de Matemática do Ensino Básico, depois de este documento ter estado em discussão pública entre Julho e Outubro de 2007.“Os erros mais gritantes do documento preliminar foram corrigidos”, afirmou Nuno Crato, em declarações à Lusa, considerando que a versão agora aprovada é “mais razoável” que a colocada em consulta pública.Apesar da melhoria verificada, o presidente da SPM considera que se poderia ter avançado mais, que “deviam ter sido introduzidas mais correcções do que as que foram” consideradas. Como tal, Nuno Crato mantém três críticas principais ao programa de matemática para o ensino básico. Concretamente, o facto de “não haver um roteiro preciso do conhecimento e capacidades que os alunos devem adquirir ano a ano, nem um destaque claro para os algoritmos [método e anotação das diversas operações e processos de calcular] e uma insistência na máquina de calcular”.
Restrições ao uso da máquina de calcular
No caso da calculadora, o presidente da SPM considerou que o programa homologado “é mais comedido”, na medida em que ficou realçada a importância do uso do aparelho “mas com restrições”, ou seja, “não há uma apologia clara do seu uso”.No entanto, sublinhou, “essas limitações não são muito claras e isso é preocupante”. No caso dos algoritmos, Nuno Crato refere que tem havido “grande resistência ao ênfase no domínio dos algoritmos tradicionais”.O presidente da SPM reconhece que no actual programa, que substitui o documento em vigor desde 1991, “essa resistência aparece muito mais vaga, mas continua a não ser dada a importância devida”.A Sociedade Portuguesa de Matemática irá emitir hoje um comunicado com uma posição detalhada sobre o documento agora homologado.

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