No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Pré-escolar generalizado em 2009

16 de Janeiro de 2008, Jornal de Notícias

O Governo criou uma comissão para acompanhar o alargamento da rede do pré-escolar, que será coordenada pelo secretário de Estado da Educação, Valter Lemos. A cobertura nacional ronda os 70% e o Executivo pretende atingir os 100%, para as crianças de 5 anos, até ao final da legislatura, em 2009. Impressionado com uma reportagem televisiva sobre pais que passaram a noite numa fila de espera para garantirem vaga num jardim de infância em Odivelas, José Sócrates chamou ontem, para uma reunião "urgente" no Centro Cultural de Belém, os autarcas dos concelhos onde a rede é mais insuficiente. A maioria pertence às áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, onde por vezes não se atinge os 50% das vagas necessárias. José Sócrates pediu aos autarcas maior investimento no pré-escolar e garantiu-lhes apoio financeiro mas não pormenorizou a estratégia e os edis não ficaram esclarecidos, confessaram alguns ao JN. "Disponibilizaremos os recursos que forem necessários", afirmou à saída do CCB a ministra da Educação. Aos autarcas, o primeiro-ministro adiantou que nos concelhos abrangidos pelo Quadro de Referência Estratégica Nacional, 75% do investimento será garantido pelos fundos comunitários e 25% pelas câmaras com direito a um "bónus simbólico" do Governo. No caso dos concelhos excluídos pelo QREN, como a região de Lisboa e Vale do Tejo, o Executivo fará contratos e garantirá a maioria das verbas. Os autarcas queriam ouvir mais e quando o primeiro-ministro lhes passou a palavra foi confrontado com dúvidas que o irritaram, apurou o JN. O confronto com o presidente da Câmara de Sintra foi o mais duro. Fernando Seara afirmou que "os autarcas não fazem milagres sem dinheiro" e interrogou José Sócrates sobre "soluções concretas". Joaquim Raposo, da Amadora, insistiu que independentemente do financiamento, elaborar projectos, lançar concursos e executar obras é uma missão impossível em dois anos. Valentim Loureiro, de Gondomar, recordou que as autarquias só são responsáveis pela construção e gestão dos equipamentos sendo depois professores, auxiliares e animadores colocados pelo ministério da Educação. Outros, referiram que a maioria dos municípios já aprovaram as cartas educativas que integram os jardins de infância nas escolas de 1º ciclo ou centros escolares. Tudo problemas que "depois se resolverá", terá garantido o primeiro-ministro. À saída, Maria de Lurdes Rodrigues sublinhou que conta com "todos os agentes no terreno", nomeadamente com as Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS), fundamentais no alargamento da rede nos anos 90, e que espera que o alargamento da rede para as crianças de 5 anos proporcione as bases para a sua implantação a partir dos 3.

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