Mais creches e horários flexíveis são as apostas do Governo
De pouco servem os incentivos à natalidade para alterar significativamente as estatísticas e a qualidade de vida das famílias se o quotidiano for uma luta constante entre a falta de tempo ou de locais adequados para deixar as crianças. Por isso, vários países, entre os quais Portugal apostam no reforço do investimento em creches e na flexibilização dos horários de trabalho.Até 2009 o governo propõe-se aumentar em 50% a oferta de equipamentos para a primeira infância. Esse objectivo está inscrito no programa Pares e deverá implicar um esforço de investimento público total de 65,5 milhões de euros na construção ou adaptação de equipamentos sociais.Portugal é justamente dos países piores equipados para responder às necessidades da primeira infância, dos bebés até aos três anos. No âmbito da União Europeia (a 15), somos o terceiro país com a menor cobertura de creches por criança, passando para o meio da tabela se a comparação se estender a 25 estados.A meta assumida por Bruxelas é elevar aquela taxa de cobertura a um patamar mínimo desejável de 33% para a primeira infância até 2010, encontrando-se Portugal ainda muito afastado, em redor dos 18%.A situação portuguesa é, no entanto, mais favorável ao nível do pré-escolar, em que a taxa de cobertura de 85% já se encontra muito próxima da meta de 90% fixada por Bruxelas. Já o nível de transferências do Estado para o apoio à família em percentagem do PIB deixa Portugal mal posicionado na fotografia dos Quinze e dentro da média se a comparação for alargada aos novos Estados membros.Ainda no que às creches diz respeito, o secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, anunciou recentemente que estão já aprovadas 136 novas creches, prevendo-se que até ao final do ano sem aprovados mais 200 novos estabelecimentos. Existem actualmente cerca de 28 mil vagas nos infantários, sendo que este reforço corresponde a um acréscimo de 25 mil vagas.Outra frente de combate recentemente aberta pelo ministro do Trabalho e da Solidariedade é a do prolongamento dos horários dos infantários, de modo a serem mais ajustados aos horários profissionais dos pais. O ministro está em negociações com as instituições particulares de solidariedade social (IPSS) para que estas possam estender os horários. O processo ainda não está concluído.-
1.10.07
|
Etiquetas:
Educação - geral
|
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário