Programa Erasmus ainda é "algo elitista"
Vinte anos após o seu lançamento, celebrados hoje, o Programa Erasmus está em "expansão" em Portugal, que este ano lectivo deverá enviar mais de cinco mil estudantes universitários para países europeus e acolher outros tantos. Mas a participação continua a ser "algo elitista", centrada "nas classes média e alta", devido às limitações económicas.O reconhecimento parte de Alexandra Vilela, directora da Agência Nacional o Programa Erasmus. "Não é por acaso que não há alunos português da acção social escolar inscrito no Erasmus", admitiu. "Os apoios ainda são insuficientes, e os alunos precisam do incentivo económico das famílias para arriscar".Os critérios económicos ditam também as escolhas dos alunos nacionais, que continuam a valorizar "a proximidade" de países como a Espanha e a França na altura de ponderarem as suas deslocações. Ao invés, além dos tradicionais parceiros - Espanha, França, Itália - Portugal tem registado uma "afluência crescente de alunos de Leste, sobretudo polacos [mais de 1200 há um ano].Portugal recebe cerca de cinco milhões de euros anuais da União Europeia, complementados por 500 mil de fundos próprios, para as bolsas dos alunos que optem por estudar no estrangeiro, em ciclos que vão de um trimestre a um ano. As verbas são curtas, mas segundo Alexandra Vilela há boas novas para breve: "O Ministério do Ensino superior já prometeu reforçar a participação portuguesa em 2008, introduzindo também mecanismos de articulação com a Acção Social Escolar".A aposta, diz, vem na hora certa: com o processo de Bolonha a tornar possível a um aluno a obtenção de uma licenciatura frequentando diferentes universidades europeias, o Erasmus poderá ser um motor "essencial" do processo, por ser "facilitador de um primeiro contacto com uma experiência internacional"
4.10.07
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Etiquetas:
Alunos,
Ensino Superior
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