Secundária tem 20 turmas a mais do que o previsto
4 de Outubro de 2007, Jornal de Notícias
A Escola Secundária de Santa Maria da Feira está a rebentar pelas costuras. Construída para acolher 42 turmas, alberga, actualmente, 62. A sobrelotação obriga os alunos a terem aulas de Educação Fisíca no exterior do pavilhão, sujeitos à intempérie. Há, ainda, turmas constituídas por um número excessivo de elementos. Quando a fome aperta, os estudantes passam o intervalo numa imensa fila para serem atendidos no bar, mas regressam de barriga vazia. A Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) garante que estão asseguradas as condições mínimas exigidas e anuncia que o estabelecimento será alvo de uma requalificação profunda.A denúncia da falta de condições, efectuada esta semana pelo Bloco de Esquerda, é confirmada pelos alunos e Associação de Pais da escola. "Ainda hoje [ontem] tivemos uma aula de Educação Física à chuva", afirma uma aluna do 11.º ano da área de Humanidades, lembrando que "não havia espaço no pavilhão". A estudante de 16 anos confirmou que a sua turma é constituída por 30 alunos e que em duas disciplinas "não há carteiras que cheguem para todos os colegas ". Outro das queixas prende-se com a redução do horário destinado ao intervalo. "Passei a trazer lanche de casa, porque os intervalos são muitos curtos e não são suficientes para conseguirmos comprar alguma coisa". Novas formas de lutaEstas queixas são corroboradas pela presidente da Associação de Pais, Madalena Sá. "Os pais têm-nos alertado para os vários problemas relacionados com a sobrelotação da escola", diz.Madalena Sá acrescenta que, perante as queixas, os pais vão reunir novamente e decidir formas de luta nos próximos dias. Fonte da DREN justifica que o aumento no número de alunos é resultado do esforço efectuado "para combater o abandono escolar". Apesar de reconhecer que as condições "não são as "desejadas", adianta que "estão garantidas as condições necessárias ao funcionamento e aprendizagem". É, ainda, confirmada a intenção de requalificar "de forma profunda" todo o espaço escolar, mas não são avançadas datas. Contudo, o JN apurou que a intervenção não deverá iniciar-se antes de 2009. Apesar das várias tentativas efectuadas durante todo o dia de ontem, ninguém, do Conselho Executivo, esteve disponível para prestar esclarecimentos .
4.10.07
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Etiquetas:
Educação - geral
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