Em 2009 Portugal irá produzir 1500 doutorados por ano
28 de Outubro de 2007, Jornal de Notícias
José Sócrates fez ontem o balanço do investimento público em Ciência, com promessas na manga em 2008, pela primeira vez, este valor representará 1% do PIB e em 2009, as universidades portuguesas terão condições de formar 1500 doutorados por ano. Ao fechar a sessão das "Novas Fronteiras" do PS, o ministro da tutela, Mariano Gago afirmou que dois dos cinco artigos científicos mais falados em 2006 tiveram "dedo" português. A manhã numa das salas do Centro Cultural de Belém foi, por isso, de elogio ao que o Governo tem feito nesta área o recorde de 10 mil doutorados a trabalhar em centros de investigação, tendo este escalão académico crescido 18% - dos quais quase metade em Ciência e Tecnologia. A contrastar com os números "cor-de-rosa" apresentados por José Sócrates - que se socorreu no discurso de fichas, ao invés do habitual teleponto -, Alexandre Quintanilha, do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) deixou um dado inquietante embora corroborando a contratação de mais de três dezenas de cientistas, nos últimos seis anos, para laboratórios associados, e tendo aludido às entrevistas em curso para preencher quase 30 vagas num desses laboratórios, a questão é que "mais de um terço (dos candidatos a esses lugares) são estrangeiros". Tiago Outeiro, responsável por um departamento do Instituto de Medicina Molecular, que passou nove anos nos EUA e regressou a Portugal há apenas cinco meses, também disse estar a recrutar líderes para unidades de investigação - e, também neste caso, "a maior parte são estrangeiros". Exportamos tecnologia"Portugal está a exportar mais tecnologia do que importa". Este foi um dos dados mais surpreendentes revelados pelo chefe de Governo, que em linguagem mais técnica tinha afirmado minutos antes que "desde de Janeiro que a balança tecnológica é positiva".Mas há mais resultados aumentou o número de patentes portuguesas na Europa, isto apesar do investimento privado em ciência e inovação empresarial ainda não ter sido divulgado.Coube, por isso, ao presidente do Massachussets Institute of Techonology (MIT), Dan Roos, ser menos optimista, numa intervenção que passou em vídeo "Temos de ser realistas. É preciso que as universidades portuguesas tenham uma gestão institucional menos pesada e burocrática", disse, referindo as ligações com mais de 30 empresas portuguesas.Também Alexandre Quintanilha - que em Novembro encabeçará uma delegação nacional à Universidade de Berkeley, na Califórnia, tentar firmar um acordo similiar ao que existe com o MIT - apontou como urgentes uma maior desburocratização no financiamento e mais portugueses em projectos internacionais. Ao encerrar, Mariano Gago realçou o ingresso de mais sete mil alunos no ensino superior, apesar do 50 a 60 portugueses que foram estudar para Santiago de Compostela, disse, olhando para o presidente da Comissão Instaladora do Laboratório Ibérico de Neonatologia, em Braga, o galego José Rivas.
5820bolsasde investigação foram atribuídas pela Fundação Ciência e Tecnologia (FCT), que está a apoiar 4940 projectos, segundo referiu José Sócrates ontem na sessão das "Novas Fronteiras" dedicada à Ciência e ao Conhecimento.60parceriasentre o MIT (Massachussets Institute of Technology) e bolseiros portugueses da FCT (Fundação Ciência e Tecnologia), no que é o maior programa de colaboração do MIT na Europa, e que se prolonga até Outubro de 2011.
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