Carla Teixeira

Volvido aproximadamente um ano sobre a data do arranque oficial do Programa MITPortugal, consumada a 11 de Outubro de 2006, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) acolheu ontem a sessão oficial de abertura nacional dos novos cursos doutorais em Sistemas Sustentáveis de Energia, que congregam, no âmbito daquele projecto, quatro escolas de três universidades portuguesas – a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o Instituto Superior Técnico e o Instituto Superior de Economia e Gestão, ambos da Universidade Técnica de Lisboa, e a própria FEUP – dois ambiciosos objectivos: a mudança de paradigma na engenharia feita em Portugal e a dinamização conjunta do nome de Portugal no estrangeiro. Desígnios amplamente elogiados pelo secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Valsassina Heitor, que garantiu confiança, em seu nome e em nome do ministro Mariano Gago, no sucesso da iniciativa.De acordo com o governante, que introduziu uma pausa no protocolo da cerimónia oficial para conhecer cada um dos estudantes seleccionados para o doutoramento, este é “um programa singular na capacidade de atrair para aquelas universidades docentes, investigadores e alunos, aos quais formulará “desafios particularmente críticos durante os próximos anos”. Manuel Valsassina Heitor lembrou que está em causa a “atracção e formação avançada de recursos humanos que hoje competem à escala global”, salientando, nessa medida, a “importância e o impacto de um tipo de formação plurinacional”.João Peças Lopes, docente que vai dirigir o programa doutoral da FEUP, defendeu que “esta é a golden age da engenharia e da sustentabilidade energética, e que “as oportunidades são tremendas”, tal é o nível das tecnologias instaladas localmente e da componente sistémica” dos novos doutoramentos, que reúnem um “interface de três universidades e várias outras instituições”. O mesmo responsável garantiu que a ideia não é a da “tese pela tese”, mas “conseguir fazer uma ligação à realidade e à indústria”, com “resultados que devem ser tangíveis e levar a uma gestão eficiente dos recursos”.