No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

"A ciência tem ou não limites?"

22 de Outubro de 2007, Jornal de Notícias

Vários especialistas mundiais de diversas áreas debatem, quinta e sexta-feira, em Lisboa, os limites da ciência, numa iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian. Qual a origem da vida, o que é a consciência e como resolver o problema das teorias inverificáveis, são algumas questões na base do debate, que continuam sem resposta e que colocam os cientistas perante a dúvida há limites para a ciência? Segundo João Caraça, o director do serviço de ciência da Gulbenkian, a ideia da conferência foi do ensaísta George Steiner, da Universidade de Cambridge. As "duas grandes linhas de força do debate" são por um lado, chamar a atenção para que a ciência é uma parte integrante da cultura e, por outro lado, perceber que o futuro depende do que for a qualidade da ciência e da investigação científica que se vai fazer. "A pergunta que se faz é 'a ciência tem ou não limites?'". Para João Caraça, "tudo depende de como olharmos". Essa é a pedra de toque. "É uma pergunta de sempre", reforça, citado pela agência Lusa. Relativamente às ciências da vida, também persistem dúvidas ancestrais. Será que se vai conseguir compreender finalmente o que é a consciência? Pode o observador observar-se a si próprio e assim conseguir entender o que é a consciência? Mais uma questão por responder, que vem desde Descartes, o fundador do pensamento moderno, que estabeleceu a separação entre o corpo e a mente, lembra João Caraça. "Não sabemos qual a origem da vida e, contudo, a origem é o significado. Nós estamos cá com um objectivo? Ou não há objectivo nenhum e somos nós que damos um objectivo à nossa vida?", questiona o director do serviço de ciência da Gulbenkian.Para João Caraça, todas essas são perguntas culturais que "a ciência tem necessariamente que contribuir para dar uma resposta". "Se não houver uma contribuição científica forte, a resposta é coxa", considera.

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