No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Escolas devem dar exemplo na adopção de alimentos saudáveis

17 de Outubro de 2007, Jornal de Notícias

Pão, de preferência escuro, com fiambre de frango ou de peru e alface, iogurtes, barras de cereais, maçã, compotas, queijo e sumos de fruta, ainda que engarrafados. Foram estes os alimentos distribuídos pela Direccção Regional de Educação do Centro (DREC) em várias escolas da região para assinalar o Dia Mundial da Alimentação e promover a adopção de alimentos saudáveis nos bares e bufetes dos estabelecimentos de ensino. Se em muitas escolas do país seriam notadas diferenças entre o que se consome diariamente e o menu proposto pela DREC, na EB2/3 de Arazede, Daniela César e Joana Fernandes, de 14 anos, alunas do nono ano, entre a sande e o iogurte, não sentem grandes mudanças. "É mais ou menos isto que comemos em casa e aqui a meio da manhã. Bebemos um copo de leite e comemos pão", referem ao JN."Maçã ou banana, leite e pão com queijo" são também os alimentos consumidos por Lúcia Isabel e Sara Ferreira. A estes, Ema Cordeiro e Maria Beatriz, ambas com 10 anos, juntam cereais. "Bolos não costumamos comer, fazem engordar", afirmam. Porém até os poderiam comprar, já que no bar estão à venda queques e "bolos sem creme", refere Ana Maria Geraldes, presidente do Conselho Executivo da escola. "Não quisémos ainda cortar radicalmente com os pastéis, mas banimos os de creme", explica, aludindo ao projecto "Educação para a Saúde" que a escola vem desenvolvendo desde 2005. "Promovemos iniciativas para educar o aluno para uma vida mais saudável e isto inclui a vertente alimentar. Incentivamos ao consumo de um leque variado de sabores e as crianças aderem", sublinha a docente. José do Carmo, nutricionista da escola, sublinha que as crianças da região não fogem muito aos parâmetros nacionais de obesidade - a Associação Portuguesa de Nutricionistas estima que 25% das crianças entre os 3 e os 5 anos têm excesso de peso, aumentando para 30% entre os 7 e os 11 anos -,"o que não deixa de ser preocupante", especialmente para as crianças de meios pequenos. "Essas não têm acompanhamento porque não há nutricionistas nos centros de saúde, os médicos não estão vocacionados para estas problemáticas e vamos notando comportamentos que tendem para distúrbios alimentares", sublinha José do Carmo.O projecto Educação para a Saúde, na vertente alimentar, avançará agora para uma segunda fase de alargamento a toda a comunidade, numa parceria com o centro de saúde local, onde José do Carmo "dará consulta" a crianças e famílias".

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