Violência escolar caiu 36% mas ainda atingiu 185 docentes
No ano lectivo de 2006/2007, a esmagadora maioria das escolas do ensino não superior (93,4%) não registou qualquer ocorrência relacionada com questões de segurança. Ainda assim, o último ano lectivo registou 185 professores agredidos.
Segundo a edição desta terça-feira do Diário de Notícias, no universo de cerca de 12 600 estabelecimentos da rede, apenas 831 participaram situações, sendo que destes só 31 contabilizaram mais de 21 ocorrências. Lisboa e Vale do Tejo concentram a maioria (56,3%), seguida do Norte (25%).
Em termos globais, os incidentes no interior das escolas e nas áreas imediatamente envolventes caíram 36% em relação a 2005/06, para um total de 7026 casos.
No entanto, no capítulo das ocorrências contra pessoas, ainda se registaram mais de 1300 agressões (ou tentativas): 1092 envolvendo alunos, 185 com professores e 147 visando funcionários.
Os dados, divulgados ontem em conferência de imprensa conjunta dos ministérios da Administração Interna e da Educação, levaram a titular desta última pasta, Maria de Lurdes Rodrigues, a reafirmar que Portugal «não tem um clima de violência nas escolas, mas problemas que se podem considerar raros e circunscritos que é preciso resolver».
Para a ministra - que recentemente foi acusada pelo procurador-geral da República, Pinto Monteiro, de «minimizar» o problema da violência escolar -, os dados «são muito animadores» e fazem uma «distinção clara entre violência e indisciplina», o que «vai permitir definir programas direccionados» para resolver os casos mais problemáticos.
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