No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Guarda: Ensino do francês alargado aos jardins-de-infância

10-12-2007 , Diário Digital

Todos os jardins-de-infância e escolas do primeiro ciclo do ensino básico da Guarda vão proporcionar aos alunos, a partir do próximo ano lectivo, o ensino do Francês no âmbito da oferta extra-curricular, anunciou hoje o presidente da autarquia.

Joaquim Valente, no final da assinatura de um protocolo entre a autarquia, a Escola Superior de Educação da Guarda (ESEG) e a Embaixada de França com vista à implementação de um programa do ensino precoce do francês, disse à Agência Lusa que «é possível» que no ano lectivo de 2008/2009 o Francês já seja ensinado aos alunos de todas as escolas do primeiro ciclo do Ensino Básico e jardins-de-infância do concelho.
O presidente da Câmara considerou importante o ensino da língua francesa junto dos alunos mais novos, adiantando que o programa, denominado «1,2,3 ... Français», foi iniciado pela ESEG em 2002 nos jardins-de-infância de Póvoa do Mileu e Guarda-Gare e, nos anos seguintes, alargado aos estabelecimentos de ensino da Sé, Alfarazes e escolas EB 1 do Bonfim, Augusto Gil, Santa Zita e Escola Regional Dr. José Dinis da Fonseca.
Neste ano lectivo, segundo Joaquim Brigas, director da ESEG, o programa envolve 150 alunos da escola EB 1 do Bonfim e dos jardins-de-infância de Alfarazes e Sé, abarcando uma dúzia de alunos estagiários daquele estabelecimento de ensino superior.
Para o presidente da Câmara da Guarda, mais do que permitir que as crianças de tenra idade aprendam francês, pelo facto de terem familiares emigrados em França e de a autarquia se encontrar geminada com a cidade de Watrellos, importa que a comunidade escolar comece muito cedo a dominar várias línguas, «porque é importante para a coesão europeia, do ponto de vista social e económico».
Contribuir para «preparar pessoas para estarem nos mercados económicos e intervirem para lá do seu país de origem», é o objectivo da iniciativa.
«A melhor aposta [para o ensino de línguas estrangeiras] é nestas idades», referiu Joaquim Valente, admitindo que «um dia destes» a autarquia também poderá dinamizar o ensino do espanhol.
No âmbito deste projecto, a ESEG irá disponibilizar os seus professores, a autarquia ficará responsável pela logística, pelo pagamento das remunerações dos professores envolvidos (apenas no ano lectivo 2008/2009) e pela escolha dos estabelecimentos de ensino onde a língua francesa será ministrada como oferta extra-curricular.
A Embaixada de França, representada na assinatura do protocolo pelo cônsul Philippe Barbry, garante apoio financeiro e pedagógico para o programa e efectua diligências com o objectivo de possibilitar o intercâmbio entre escolas e jardins-de-infância de ambos os países.
Philippe Barbry justificou o apoio ao programa «1,2,3 ... Français» por considerar importante a diversidade linguística no espaço europeu e permitir que «a maioria dos jovens possa falar duas ou mais línguas».
A Embaixada de França já celebrou um protocolo idêntico com a Câmara Municipal do Porto, para abranger os alunos de duas escolas públicas, e em breve firmará outro com a autarquia de Viana do Castelo, onde a língua francesa está a ser ensinada aos alunos de quatro escolas.

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