No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Asteróide a caminho de Marte pode acertar no alvo

28.12.07, Diário de Notícias

No Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA, os astrónomos do Near Orbit Object Program, que monitorizam há anos corpos celestes capazes de entrar em rota de colisão com a Terra, estão por estes dias atarefados com muitas contas. Um asteróide voa neste preciso momento rumo a Marte e os cálculos mostram que há uma probabilidade forte (uma em 75) de ele se esmagar contra a sua superfície vermelha. A dar-se, o encontro até tem data marcada: será a 30 de Janeiro, exactamente às 10.55 (hora de Lisboa).Estas contas não são, porém, definitivas e há uma margem de incerteza que estende por uma região calculada em 700 mil quilómetros no seu maior limite (o que em termos astronómicos é praticamente uma unha negra). Mas, a não acertar no vizinho mais próximo da Terra, o 2007 WD5, que foi descoberto a 20 de Novembro, poderá passar tão perto do Planeta Vermelho como apenas 50 mil quilómetros. Dada a margem de incerteza, observações e contas prosseguem. E a contagem decrescente, para já, também.Se o WD5 acertar em cheio em Marte, como muitos esperam, essa será uma ocasião para observações extra sobre Marte. Com 500 metros de diâmetro, a rocha espacial poderá abrir uma cratera com pelo menos um quilómetros de diâmetros na superfície marciana, num efeito que os cientistas prevêem idêntico ao que foi produzido na própria Terra, em 1908, quando um objecto que deveria ter uma dimensão idêntica à deste explodiu sobre a Sibéria, em Tunguska. Relatos da época dão conta de florestas completamente derrubadas numa extensão de muitos quilómetros na região. Se o WD5 falhar o alvo, então os astrónomos perderão uma oportunidade única de fazer uma observação em directo de um impacto desta natureza em Marte e de observar uma cratera imediatamente após o seu surgimento. A maioria das crateras marcianas são muito antigas e estão por isso cobertas de partículas de poeira, o que não permite fazer observação do solo mais profundo, sob a superfície. Nos próximos dias, os cientistas do JPL esperam fazer observações mais precisas sobre a trajectória do WD5, para ajustar as contas, e também as estimativas.

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