No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Duplicar diplomas de 12.º ano

11 de Dezembro de 2007, Jornal de Notícias

O 12.º ano é a qualificação mínima "indispensável". Na entrega dos primeiros 65 diplomas de nível secundário, no âmbito do programa Novas Oportunidades, o primeiro-ministro insistiu em colocar nos 12 anos de escolaridade o patamar mínimo de Ensino. Mais do que o equilíbrio das contas públicas, a fraca qualificação é o principal défice que o país tem de ultrapassar, defendeu."Nenhum país pode ultrapassar o défice de crescimento sem ultrapassar este", afirmou, minutos antes de José Sócrates, o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social. À saída da cerimónia e depois de um vídeo durante o qual sete formandos, entre os 33 e os 59 anos, se manifestavam felizes por ter conseguido concluir o Secundário e ter mais esperanças num melhor futuro profissional.Dos 5,2 milhões de pessoas, que compõem a população activa, apenas 30% possuem o 12.º ano. Um "exército inovador", classificou o primeiro-ministro, insuficiente para as necessidades de um país que quer vencer na economia global. Portugal tem de aproximar-se da média dos países da OCDE que ronda os 60%. Sendo que, sublinhou, a média dos países de Leste que entraram para a União Europeia a 27 chega aos 80%. "Isso diz tudo", comentou. O primeiro-ministro garante, no entanto, estar "optimista". Em 2007, 50 mil pessoas conseguiram certificados pelo Novas Oportunidades e 340 mil estão inscritas - número que prova que o programa "já foi adoptado pelo país", deixando de ser uma iniciativa do Governo, argumentou. Para a cerimónia de entrega dos diplomas e de assinatura de protocolos José Sócrates levou, para a FIL, no Parque das Nações, uma forte comitiva governamental além de Vieira da Silva e Maria de Lurdes Rodrigues, o ministro Pedro Silva Pereira e quatro secretários de Estado. Para reforçar a mensagem de que a Educação é uma aposta pessoal de Sócrates, esse foi também o tema escolhido pelo primeiro-ministro para o debate mensal de hoje, no Parlamento (um sinal importante a ter em conta, face a possíveis mexidas no elenco governativo) .Os elevados índices de abandono e insucesso escolar, os resultados nos exames, a elevação do 12.º ano à escolaridade obrigatória, a reestruturação da rede do 1.º ciclo e o Estatuto do Aluno são temas que poderão voltar a dominar o confronto entre o Governo e a Oposição. Este será, também, o segundo debate mensal com as novas regras, impostas pela revisão do Regimento da Assembleia da República. O primeiro realizou-se em Setembro, dedicado à tecnologia nos serviços públicos.

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