Centenas de escolas fechadas e milhares de alunos sem aulas, segundo Fenprof
Pelo menos 302 escolas encerraram hoje em todo o país e centenas de milhares de alunos ficaram sem aulas devido à greve geral da Administração Pública, segundo dados parciais divulgados pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof).Ressalvando a dificuldade em obter dados devido ao número de estabelecimentos de ensino que hoje não abriram portas, a federação sindical, afecta à CGTP, salienta uma "significativa subida da taxa de adesão" dos docentes, relativamente à última greve geral, apontando níveis superiores a 80 por cento em muitas escolas.De acordo com os números parciais da federação, que estão em permanente actualização, pelo menos 302 escolas fecharam, havendo concelhos inteiros onde nenhum estabelecimento está a funcionar, o que acontece, por exemplo, em Vila do Conde, São Pedro do Sul e Póvoa do Varzim."Há centenas de milhares de alunos sem qualquer aula e, se juntarmos os que não tiveram as aulas todas, são mais de um milhão de alunos afectados. Estamos perante uma das maiores greves de sempre realizadas pelos professores no âmbito da Administração Pública", frisa a Fenprof, em comunicado.No distrito de Lisboa, por exemplo, estão encerradas as secundárias Gil Vicente, Passos Manuel, Restelo, Marquês de Pombal, Ibn Mucana, Carcavelos, Linda-a-Velha, Aquilino Ribeiro, Rainha Dona Leonor, Semara da Costa Primo, Miguel Torga, Stuart de Carvalhais, Padre Alberto Neto, D. Dinis, Fonseca Benevides e Virgílio Ferreira.Neste distrito, há ainda a contabilizar 17 escolas do 2º e 3º ciclos fechadas e 28 do primeiro ciclo que não abriram portas, assim como vários jardins-de-infância, segundo os dados parciais da federação.Além das questões que afectam toda a Administração Pública, como a revisão salarial que o Governo fixou unilateralmente nos 2,1 por cento, a redução das pensões ou o regime de mobilidade especial, os docentes protestam ainda contra as novas regras da carreira, nomeadamente a imposição de quotas para aceder à categoria mais elevada, o exame de acesso à profissão ou o modelo de avaliação de desempenho.A falta de abertura negocial da tutela, nomeadamente a nível da regulamentação do Estatuto de Carreira Docente, é também invocada por todos os sindicatos do sector para aderir à greve.A última paralisação convocada pelas três estruturas sindicais da Administração Pública realizou-se a 9 e 10 de Novembro do ano passado, tendo afectado sobretudo os sectores da Saúde, Educação e Poder Local.Na Educação, o protesto levou ao encerramento de 818 escolas em todo o país, tendo contado com uma adesão de cerca de 30 por cento junto dos funcionários não docentes e de cerca de cinco por cento entre os professores, segundo dados divulgados pelo Governo. Os sindicatos apontaram, na altura, para uma adesão superior a 80 por cento.
1.12.07
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Etiquetas:
Educação - geral
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