PS e pais afirmam que alunos podem estar a ser instrumentalizados
O porta-voz do PS, Vitalino Canas, considerou hoje que os alunos que protestam contra as política educativas do Governo podem estar a ser instrumentalizados por "alguns radicais e alguns professores". Também hoje, a Confederação de Pais admitiu que na organização das manifestações dos alunos do básico e do secundário possam estar envolvidas pessoas que não são estudantes.Referindo-se aos protestos dos últimos dias, o porta-voz do PS disse que estes são "desacatos que nos parecem muito orquestrados, muito instrumentalizados, talvez por alguns radicais e alguns professores. Uma minoria, porque não estamos a ver os professores a instrumentalizar os alunos. Mas poderá haver uma minoria que o está a fazer", explicitou. Quanto aos protestos dos alunos que hoje decorrem em várias escolas, o porta-voz socialista condenou "todas as situações que impliquem uma quebra da legalidade e uma contradição em relação ao sentido cívico e democrático da convivência democrática". Questionado sobre a opinião do presidente socialista da Câmara de Lisboa, António Costa, de que o protesto dos professores pode inviabilizar a maioria do PS, Vitalino Canas limitou-se a dizer que "é uma frase no contexto de um comentário político, feito numa televisão".Confap desconfia da identidade dos promotores do protestoTambém a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) reagiu hoje às manifestações de alunos. "Pomos a hipótese de não serem estudantes a organizar [os protestos]. Lamentamos que estejam a usar os alunos para lutas que são de outros", declarou António Amaral, vice-presidente da Confap, frisando que não está a acusar ninguém em concreto. O responsável contou que há dois dias circularam, em pelo menos duas localidades algarvias, carros descaracterizados a apelar aos alunos para que se manifestem junto das escolas. "O facto é que têm sido usados aparelhos que não são do uso de estudantes, como os megafones", acrescentou António Amaral.Nos últimos dias, alunos de várias escolas do país têm protestado contra as medidas educativas do Governo e hoje, em várias localidades, há estudantes do básico e secundário a faltarem às aulas para protestarem nas ruas, fundamentalmente contra o regime de faltas imposto pelo novo estatuto do aluno e contra o diploma da gestão escolar.
14.11.08
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Etiquetas:
Educação - geral
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