Ensino Superior: Reitor da Universidade de Lisboa demite-se, acusando Governo de prejudicar as instituições
12 de Novembro de 2008, Agência Lusa
Lisboa, 12 Nov (Lusa) - O reitor da Universidade de Lisboa (UL), António Nóvoa, anunciou hoje a sua demissão do cargo, acusando o Governo de prejudicar as instituições de Ensino Superior em matéria de financiamento e de as impedir de contratar novos professores.
"Pelo quarto ano consecutivo, o Governo aumenta o orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e pelo quarto ano consecutivo este é distribuído de forma a favorecer a ciência e a prejudicar as universidades, como se a formação de base dos portugueses fosse um tema menor", acusou António Nóvoa, durante a cerimónia de abertura do ano académico.
O reitor demissionário da UL, que manifestou disponibilidade para se recandidatar a um novo mandato de quatro anos, salientou ainda que o Governo está a impedir as universidades de "recrutar um único professor para o ensino", impossibilitando-lhes, assim, que renovem "um corpo docente cada vez mais envelhecido".
Num discurso muito crítico, António Nóvoa frisou que Portugal "tem de decidir de uma vez por todas se quer ou não ter grandes universidades, se quer ou não ter grandes instituições de referência no espaço europeu do Ensino Superior ou se prefere, como sempre aconteceu no passado, ter umas instituições remediadas, medianas e mais parecidas com escolas secundárias do que com universidades".
"O que depende de nós tem sido feito. Mas há muito que não depende de nós, mas sim das opções políticas que a sociedade portuguesa tomar quanto ao seu presente e ao seu futuro", sublinhou, condenando igualmente a nova gestão pública das universidades e um Estado que tem "mergulhado as instituições numa indeterminável burocracia".
O reitor da UL, que estava a meio de um mandato de quatro anos, para o qual foi eleito em 2006, adiantou ainda que compete agora ao Conselho Geral organizar o procedimento que vai eleger o novo reitor.
De acordo com o responsável, a decisão de se demitir do cargo tem como "motivo único o interesse futuro da Universidade", alegando que "ninguém compreenderia" que o reitor se mantivesse no seu lugar, numa altura em que tudo muda na orgânica da UL, desde os estatutos até à direcção das faculdades.
António Sampaio da Nóvoa salientou que tomou a decisão com serenidade, mostrando-se disponível para continuar "à frente da universidade neste período de transição".
A Agência Lusa contactou fonte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que afirmou desconhecer oficialmente a demissão, tendo apenas conhecimento dela pela comunicação social.
"Pelo quarto ano consecutivo, o Governo aumenta o orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e pelo quarto ano consecutivo este é distribuído de forma a favorecer a ciência e a prejudicar as universidades, como se a formação de base dos portugueses fosse um tema menor", acusou António Nóvoa, durante a cerimónia de abertura do ano académico.
O reitor demissionário da UL, que manifestou disponibilidade para se recandidatar a um novo mandato de quatro anos, salientou ainda que o Governo está a impedir as universidades de "recrutar um único professor para o ensino", impossibilitando-lhes, assim, que renovem "um corpo docente cada vez mais envelhecido".
Num discurso muito crítico, António Nóvoa frisou que Portugal "tem de decidir de uma vez por todas se quer ou não ter grandes universidades, se quer ou não ter grandes instituições de referência no espaço europeu do Ensino Superior ou se prefere, como sempre aconteceu no passado, ter umas instituições remediadas, medianas e mais parecidas com escolas secundárias do que com universidades".
"O que depende de nós tem sido feito. Mas há muito que não depende de nós, mas sim das opções políticas que a sociedade portuguesa tomar quanto ao seu presente e ao seu futuro", sublinhou, condenando igualmente a nova gestão pública das universidades e um Estado que tem "mergulhado as instituições numa indeterminável burocracia".
O reitor da UL, que estava a meio de um mandato de quatro anos, para o qual foi eleito em 2006, adiantou ainda que compete agora ao Conselho Geral organizar o procedimento que vai eleger o novo reitor.
De acordo com o responsável, a decisão de se demitir do cargo tem como "motivo único o interesse futuro da Universidade", alegando que "ninguém compreenderia" que o reitor se mantivesse no seu lugar, numa altura em que tudo muda na orgânica da UL, desde os estatutos até à direcção das faculdades.
António Sampaio da Nóvoa salientou que tomou a decisão com serenidade, mostrando-se disponível para continuar "à frente da universidade neste período de transição".
A Agência Lusa contactou fonte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que afirmou desconhecer oficialmente a demissão, tendo apenas conhecimento dela pela comunicação social.
14.11.08
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