No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Conheça os cursos que garantem emprego

2008-11-18, Diário Económico

Estudo do ministério do Ensino Superior

As licenciaturas nas áreas de segurança, informática e saúde resistem ao desemprego. Saiba também as universidades.
Quase 60% dos alunos que terminaram o curso entre 2004 e 2007 estão à procura de emprego. Seguem-se as engenharias Biotecnológica e a Química leccionadas no Instituto Politécnico de Bragança.Nos 10 primeiros lugares do ‘ranking’ estão oito cursos de institutos politécnicos, quatro dos quais são na área das engenharias. Além dos politécnicos, o ‘ranking’ dos cursos com maior empregabilidade em Portugal é dominado por escolas do interior. São cursos que têm como saída profissional preferencial o sector público, onde as contratações estão congeladas.Os números são revelados no relatório do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior que, todos os semestres, divulga a lista dos cursos com mais diplomados no desemprego.Os suspeitos do costumeNa lista dos sectores com pior empregabilidade surgem os “suspeitos do costume”: ciências empresariais, ciências sociais e formação de professores. São estas as “áreas que se destacam com níveis de empregabilidade inferiores”, revelou ao Diário Económico Maria João Rosa, coordenadora do estudo. Mas, atenção, que “não é indiferente a instituição em que se tira o curso, porque há licenciaturas com maior facilidade de inserção no mercado de emprego”, acrescenta.Desemprego de longa duração cresce 20%Outro dado preocupante deste relatório é o facto do desemprego de longa duração dos licenciados ter crescido de 20% no último ano. Mas se olharmos para os últimos três anos verificamos que a percentagem de desempregados licenciados cresceu cerca de 7%. Ainda assim, menos do que o aumento do número de diplomados que, desde 2005, subiu 15%. Para a coordenadora do estudo, “cerca de 75% do universo dos inscritos nos centros de emprego estão há menos de um ano” sem trabalho. Trata-se, por isso, do “período normal da transição entre a formação e o mercado de trabalho”.No último ano, o número de diplomados desempregados caiu cerca de 3%, o dobro do que acontece com a população em geral. Em Junho de 2007, a fatia dos diplomados inscritos há mais de dois anos não passava dos 6,8%. No mesmo mês, em 2008, estava já nos 8,5%. Ao todo, praticamente 9% dos inscritos nos centros de emprego têm um curso superior. São cerca de 34 mil pessoas, tendo a maioria origem nas instituições do ensino público. A maior parte dos registos estão no Norte. Já o Alentejo revela, no último ano, uma subida de cerca de 10% no número de diplomados no desemprego. No Algarve, pelo contrário, há uma queda de cerca de 14% no número de desempregados.Estudar compensaO relatório ontem divulgado revela que “estudar compensa”, diz a coordenadora Maria João Rosa. Os dados “deitam por terra o mito de que o mercado não está a absorver os licenciados”. “Os níveis de empregabilidade da população com licenciatura são superiores aos da população com outros níveis de escolaridade”. Mais qualificação significa também um aumento de rendimento.Perfil-tipo do diplomado no desempregoA maioria dos licenciados no desemprego são mulheres (também são elas que lideram no que diz respeito ao universo de alunos do Ensino Superior), jovens e com uma licenciatura numa universidade pública nas áreas das ciências empresarias, ciências sociais e do comportamento e formação de professores. O último relatório destaca os cursos de gestão, psicologia e economia, educação de infância e as engenharias mecânica e química, como os cursos com mais desemprego absoluto. Desde 2007, o perfil-tipo alterou-se ligeiramente: é mais jovem e tem menos professores. A grande maioria são licenciados, mas o grau de mestre tem aumentado, sobretudo nas mulheres. O número de professores à procura de novo emprego caiu de 6.226, em Junho de 2007, para 3.802 em Junho de 2008. Cerca de 40% dos licenciados que estão actualmente no desemprego estão localizados no Norte, mas em Lisboa e no Centro do país representam uma fatia bem maior do que os inscritos em centros de emprego.

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