No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Ensino superior tem alunos cada vez mais velhos

16.11.08 , Diário de Notícias

Universidades.
Estudantes com mais de 23 anos que se matricularam este ano lectivo nas instituições privadas já representam 23% do total. Nos politécnicos, esta percentagem sobe para 26%. No total, este grupo etário representa já 14% dos universitários do sector público e privado
Alunos com mais idade são 20 vezes mais em três anos
As universidades são cada vez mais frequentadas por alunos que ingressam no ensino superior com mais de 23 anos. Este grupo etário aumentou vinte vezes nos últimos três anos, representando já 14% do total de alunos do ensino superior, de acordo com os últimos dados oficiais disponíveis.Nos institutos politécnicos e universidades do sector privado é onde a percentagem destes alunos é mais expressiva, rondando os 26% e os 23% do total de estudantes, respectivamente. Mas se a maior democraticidade no acesso ao ensino superior é saudada, o Conselho Nacional de Educação alerta para a necessidade de acompanhar e avaliar a qualidade do ensino universitário, que neste momento vive um "vazio", por se ter abandonado um modelo de avaliação sem que tenha sido ainda substituído por outro.Os números oficiais são citados no parecer do Conselho Nacional de Educação sobre "As alterações introduzidas no ensino superior", datado de Outubro. E são uma consequência directa das mudanças legislativas para o acesso às universidades. Dos inexpressivos 551 alunos que entraram em 2004/ /2005, ao abrigo do antigo exame ad hoc, (para maiores de 25 anos), passámos para um cenário completamente distinto: os adultos ou jovens adultos - alguns já com experiência profissional - que acederam ao ensino superior chegaram aos 12 mil no último ano lectivo.Esta evolução em tão curto espaço de tempo é um sinal da forte adesão ao novo sistema de acesso especial para as pessoas com percursos educativos descontínuos. Este sistema está em vigor desde 2005, mas só se aprofundou a partir de 2006, com a autonomia das universidades no processo de escrutínio e selecção destes candidatos. Os estabelecimentos é que passaram a definir os critérios de admissão, definindo as respectivas provas de acesso. Mas também são um resultado do chamado processo de Bolonha, que, ao encurtar a duração das licenciaturas, torna mais atractivo o ingresso ou o regresso à universidade.

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