"É possível fazer boa investigação em Portugal"
23-11-2008, Jornal de Notícias
O investigador Lino Ferreira critica a forma como é feito o financiamento dos projectos de investigação nacionais. O cientista recebe segunda-feira o Prémio Crioestaminal, que premeia a sua investigação nas doenças cardíacas.
Segundo Lino Ferreira, "as instituições que conferem financiamento aos projectos de investigação não têm um calendário compatível com a competição que há a nível internacional". Como exemplo, refere o facto de a Fundação para a Ciência e Tecnologia não abrir concursos para financiamento há mais de dois anos. "Esta situação é ainda mais grave para os investigadores jovens, em início de carreira, que não tem financiamento compatível para desenvolver projectos mais arrojados", explica. Ainda assim, o cientista considera ser possível fazer boa investigação científica em Portugal. Temos alguns meios, e utilizamos muito os alunos, o que é muito bom", revela.
Lino Ferreira foi distinguido pela sua investigação ao nível das terapias celulares e bio-materiais na regeneração cardíaca. "No pós-enfarte há uma degeneração das propriedades do músculo cardíaco. O nosso objectivo passa por parar com esse processo degenerativo através do transplante de células, que pode ser feito através de cateteres ou de injecção", afirma. Algumas das técnicas já foram avaliadas em animais, tendo já surgido um problema: "a percentagem de células enxertadas é pouca, e o efeito é de curta duração. Um dos objectivos é estender esse efeito por mais tempo", revela. Esta medida permite criar mais uma plataforma no tratamento de pacientes com este tipo de doenças, e combater os números actuais, segundo os quais morrem 3300 pessoas por ano com enfarte de miocárdio (dados de 2001 do Instituto Nacional de Estatística).
O grupo de trabalho de Lino Ferreira é constituído por cinco pessoas e trabalha desde Fevereiro neste projecto. Está actualmente instalado no Biocant Park, em Cantanhede, a meio caminho entre Coimbra e Aveiro. "Estamos entre dois pólos universitários, o que cria várias possibilidades a nível de investigação", considera.
Segundo Lino Ferreira, "as instituições que conferem financiamento aos projectos de investigação não têm um calendário compatível com a competição que há a nível internacional". Como exemplo, refere o facto de a Fundação para a Ciência e Tecnologia não abrir concursos para financiamento há mais de dois anos. "Esta situação é ainda mais grave para os investigadores jovens, em início de carreira, que não tem financiamento compatível para desenvolver projectos mais arrojados", explica. Ainda assim, o cientista considera ser possível fazer boa investigação científica em Portugal. Temos alguns meios, e utilizamos muito os alunos, o que é muito bom", revela.
Lino Ferreira foi distinguido pela sua investigação ao nível das terapias celulares e bio-materiais na regeneração cardíaca. "No pós-enfarte há uma degeneração das propriedades do músculo cardíaco. O nosso objectivo passa por parar com esse processo degenerativo através do transplante de células, que pode ser feito através de cateteres ou de injecção", afirma. Algumas das técnicas já foram avaliadas em animais, tendo já surgido um problema: "a percentagem de células enxertadas é pouca, e o efeito é de curta duração. Um dos objectivos é estender esse efeito por mais tempo", revela. Esta medida permite criar mais uma plataforma no tratamento de pacientes com este tipo de doenças, e combater os números actuais, segundo os quais morrem 3300 pessoas por ano com enfarte de miocárdio (dados de 2001 do Instituto Nacional de Estatística).
O grupo de trabalho de Lino Ferreira é constituído por cinco pessoas e trabalha desde Fevereiro neste projecto. Está actualmente instalado no Biocant Park, em Cantanhede, a meio caminho entre Coimbra e Aveiro. "Estamos entre dois pólos universitários, o que cria várias possibilidades a nível de investigação", considera.
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