No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Manifestação de professores terminou sem incidentes

15.11.2008 - Jornal Público

A manifestação de professores realizada hoje em Lisboa terminou às 17h30, três horas depois de ter começado, estimando a polícia que tenham estado no protesto cerca de sete mil professores, enquanto os organizadores falam em mais de 20 mil participantes.Ilídio Martins, do movimento independente Mobilização e Unidade dos Professores (MUP), num discurso improvisado junto às escadas do Parlamento, anunciou aos professores presentes que no próximo dia 6 de Dezembro vai haver "um encontro nacional de escolas em luta, em local e hora a marcar"."É uma manifestação histórica por ter sido convocada por independentes que não têm capacidade de organização. Isso mostra a vontade dos professores", afirmou Ilídio Trindade, do MUP. Este responsável considerou cumprido o objectivo do encontro de hoje de "demonstrar à ministra que os professores estão dispostos a lutar até ao fim" e aos encarregados de educação que "a razão está do lado dos professores".Sobre eventuais penalizações aos docentes que recusem fazer a avaliação dos colegas, Ilídio Trindade respondeu: "Quando as pessoas estão muito unidas é o governo que está em risco e não as pessoas". Mário Machaqueiro, da Associação de Professores em Defesa do Ensino (APEDE) disse aos manifestantes que o protesto representou "um dia histórico" de resposta à "situação catastrófica em que o Governo transformou a escola pública".Ilídio Trindade acrescentou: "Ou lutamos agora ou tudo ficará irremediavelmente perdido". Mário Machaqueiro voltou a dirigir-se aos manifestantes para dizer que os professores estão também a lutar pelo sentido da democracia e não só pela escola. "O Governo pensa que a maioria absoluta é um cheque em branco para governar contra os portugueses", disse, salientando que "esta causa é de toda sociedade civil portuguesa e não apenas dos professores".No final da manifestação, os representantes dos professores foram recebidos na Assembleia da República pelos grupos parlamentares do CDS/PP e do Bloco de Esquerda. Os movimentos dos professores anunciaram que vão ser recebidos pelo grupo parlamentar socialista na segunda-feira e que o PCP e Os Verdes mostraram disponibilidade para os receberem também na próxima semana.O protesto de professores, convocado por movimentos independentes apenas sete dias depois da maior manifestação de sempre de docentes, não é um sinal de divisão da classe, segundo alguns manifestantes que participaram no encontro. "Não há divisão dos professores. A manifestação de hoje é um reforço da posição dos docentes. Estaremos cá outra vez daqui a oito dias se for preciso", afirmou Rosário Madruga, uma das professoras que confirmou ter participado também na manifestação do último sábado.A manifestação foi convocada pelo MUP e pela APEDE.(Notícia actualizada às 21h32)

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