No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Número de professores reformados aumentou 35 por cento este ano

07.11.2008 - Jornal Público

Mais de 5100 professores reformaram-se este ano, o que representa um aumento de 35 por cento relativamente a 2007, de acordo com dados da Caixa Geral de Aposentações (CGA). Só no próximo mês, 531 docentes vão abandonar o ensino. No final do ano, serão 5106 os que deixaram de dar aulas: "Os professores estoiraram", asseguram os sindicatos, alegando que o aumento das reformas, em grande parte antecipadas, se deve aos "níveis elevadíssimos de insatisfação profissional".Em média, 425 professores reformaram-se por mês, mais 110 do que no ano passado. Este mês bate todos os recordes: até 30 de Novembro, 710 passam à aposentação. "Preferem ir para a reforma, mesmo com penalizações, porque estão descontentes com as políticas educativas que os remetem para tarefas burocráticas e administrativas, retirando-lhes tempo e condições para trabalhar com os alunos", afirma João Dias da Silva, secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE).Também o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, garante que é "cada vez mais insuportável para os docentes aguentar o que se está a passar nas escolas". E acrescentou que "quando ainda falta meia dúzia de anos para a aposentação, muitos já estão a fazer contas. Os professores estão numa situação de desgaste muito acentuado do ponto de vista físico e psicológico. Há muita gente que estoirou"."O aumento de 35 por cento relativamente ao ano passado não acontece, obviamente, porque a classe docente envelheceu de um ano para o outro. Deve-se em grande parte às reformas antecipadas. Para o Governo é bom porque os professores saem mais barato à CGA, graças às penalizações", acusa Mário Nogueira.Este ano, quase 22.000 funcionários públicos vão aposentar-se, mais 35,2 por cento que em 2007, de acordo com as contas que a Lusa efectuou com base nas listagens mensais da CGA. A Educação é o Ministério que mais funcionários públicos vai "perder" para a reforma, com um total de 7471 trabalhadores, o que representa um aumento de 2266 funcionários (43,5 por cento) relativamente ao ano de 2007, e de 833 (12,5 por cento) face a 2006. Ou seja, em três anos, aposentaram-se um total de 19.314 funcionários do Ministério da Educação.No início de Outubro, o secretário de Estado da Educação Valter Lemos atribuiu o crescimento das reformas entre os professores a alterações à lei: "Como toda a gente sabe houve uma alteração à lei das reformas. A idade da reforma aumentou e naturalmente aconteceu em todas as profissões um aumento de pedidos de reformas antecipadas".

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