Lusófona já em Cabo Verde prepara entrada em São Tomé
No dia 31 houve festa no Mindelo. Assinalou-se o primeiro aniversário da chegada da Universidade Lusófona à ilha de São Vicente e àquela que é a segunda maior cidade de Cabo Verde. Quando começou tinha 150 alunos, um ano depois já conta com 400 e o objectivo é chegar aos 2000, dentro de três anos. Todos a pagarem 150 euros de propinas por mês, metade do que pagam os alunos da Lusófona em Lisboa, e apenas cerca de 10% com bolsas de estudo. Manuel Damásio, responsável da universidade em Lisboa, presidiu à cerimónia. Mas não foi só este o motivo da sua deslocação a Cabo Verde. Dois dias antes fez uma paragem na ilha de Santiago, para "a viagem exploratória", que poderá conduzir à abertura de outra universidade naquele país. "O objectivo foi desenvolver contactos com várias autarquias para avaliar a possibilidade de abrirmos um outro estabelecimento de ensino, muito provavelmente no município de Santa Catarina", explicou ao DN Manuel Damásio. O mesmo município onde fica o mais recente aeroporto internacional do país, muito perto da cidade da Praia, a capital. Além de Cabo Verde, a Lusófona tem outra universidade no continente africano, em Moçambique.Mas as ambições da Lusófona para a África não se ficam por aqui. Com universidades em duas das principais cidades do Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo, as prioridades da sua estratégia de expansão vão agora para aquele continente. E como não podia deixar de ser, Angola é um dos alvos. "Já estamos a fazer formação profissional em Angola, e agora preparamos a abertura de duas universidades no país, uma no Huambo e outra em Luanda", adiantou o reitor e director da Cofac - Cooperativa de Formação e Animação, que criou a Lusófona. A do Huambo, que ficará nas instalações do antigo Colégio Alexandre Herculano, deverá abrir já no próximo ano lectivo. A abertura daquela universidade na cidade do planalto central de Angola, muito devastada pela guerra, exige 20 milhões de euros de investimento, aplicados essencialmente na recuperação do velho colégio.Além de Angola, Damásio espera levar a universidade para São Tomé e Príncipe, país onde até já teve o projecto aprovado pelo Governo, mas onde as alterações políticas ainda não permitiram que ali se instale. Mesmo contando com o apoio do Presidente da República, Fradique Menezes. Aliás será um imóvel da fundação do Presidente que deverá acolher o novo estabelecimento de ensino superior. Caso o projecto conte com a aprovação do actual Governo, a Lusófona poderá começar a funcionar numa das mais emblemáticas roças de cacau, a Agostinho Neto, a famosa Rio do Ouro de outros tempos.
9.11.08
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Etiquetas:
Ensino Superior
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