Notas dadas às universidades dependem do que é avaliado
12-12-2008, Jornal de Notícias
Especialistas em "rankings" de escolas do Ensino Superior defendem que nem tudo é comparável e os resultados dependem dos critérios estabelecidos, normalmente cozinhados a gosto para o prato que se deseja servir.
A Comissão Europeia quer medir a qualidade das universidades dos 27 e de outras a nível internacional. Para tanto, prepara um concurso internacional, a lançar dentro de meses. A ideia é avaliar "de forma independente" as universidades e seus departamentos. Com essa ferramenta pretende-se comparar o Ensino Superior e ordenar numa listagem os excelentes, bons, assim-assim ou, quem sabe, talvez péssimos. O instrumento dirige-se a quem queira fazer mestrados ou doutoramentos dentro do espaço europeu, mas o "exame" visa também instituições de ensino além-fronteiras.
Uma universidade com classificação global intermédia pode ter um departamento excepcional. É para essa situação que alerta Ghislaine Filliatreau, directora do Observatório das Ciências e Técnicas de França. "Compara-se o que não é comparável e não se confessa que se trituram os números para tornar as entidades comparáveis". Esta especialista falava numa sessão para jornalistas europeus, em Paris, e referiu que "um ranking é um poderoso instrumento de influência, que estabelece hierarquias". Segundo a sua observação, "mede-se consoante os dados que se tem" (por exemplo, as publicações científicas e artigos em inglês). Ora, há mais a ter em conta.
Até agora não há um "ranking" de carácter institucional europeu. Aquele que vai ser preparado deverá estar concluído em 2010. Ainda que alerte para os cuidados a ter quando se lê uma listagem, Ghislaine Filliatreau admite que tal tipo de classificação pode ajudar à mobilidade de estudantes e professores num espaço global, funcionando como um mapa-guia sobre os lugares onde ir.
Mais cauteloso ainda, confessando-se mesmo "muito céptico", é um professor alemão, da Universidade de Kassel, que tem participado em processos de avaliação, nomeadamente de universidades do Japão. Para Ulrich Teichler, "os dados fornecidos pelas próprias universidades nunca poderão dizer a verdade". Segundo ele, os "rankings" europeus existentes medem mais o rendimento das regiões do que a qualidade das universidades.
A Comissão Europeia quer medir a qualidade das universidades dos 27 e de outras a nível internacional. Para tanto, prepara um concurso internacional, a lançar dentro de meses. A ideia é avaliar "de forma independente" as universidades e seus departamentos. Com essa ferramenta pretende-se comparar o Ensino Superior e ordenar numa listagem os excelentes, bons, assim-assim ou, quem sabe, talvez péssimos. O instrumento dirige-se a quem queira fazer mestrados ou doutoramentos dentro do espaço europeu, mas o "exame" visa também instituições de ensino além-fronteiras.
Uma universidade com classificação global intermédia pode ter um departamento excepcional. É para essa situação que alerta Ghislaine Filliatreau, directora do Observatório das Ciências e Técnicas de França. "Compara-se o que não é comparável e não se confessa que se trituram os números para tornar as entidades comparáveis". Esta especialista falava numa sessão para jornalistas europeus, em Paris, e referiu que "um ranking é um poderoso instrumento de influência, que estabelece hierarquias". Segundo a sua observação, "mede-se consoante os dados que se tem" (por exemplo, as publicações científicas e artigos em inglês). Ora, há mais a ter em conta.
Até agora não há um "ranking" de carácter institucional europeu. Aquele que vai ser preparado deverá estar concluído em 2010. Ainda que alerte para os cuidados a ter quando se lê uma listagem, Ghislaine Filliatreau admite que tal tipo de classificação pode ajudar à mobilidade de estudantes e professores num espaço global, funcionando como um mapa-guia sobre os lugares onde ir.
Mais cauteloso ainda, confessando-se mesmo "muito céptico", é um professor alemão, da Universidade de Kassel, que tem participado em processos de avaliação, nomeadamente de universidades do Japão. Para Ulrich Teichler, "os dados fornecidos pelas próprias universidades nunca poderão dizer a verdade". Segundo ele, os "rankings" europeus existentes medem mais o rendimento das regiões do que a qualidade das universidades.
13.12.08
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Avaliação,
Ensino Superior
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