No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Escolas terão 5 dias para arrancar com a avaliação

13.12.08, Diário de Notícias

Não há mais nada para negociar, diz o Governo, e as escolas terão em breve os mecanismos legais para aplicar a versão simplificada do modelo de avaliação. Sindicatos não desistem da luta mas reconhecem que a sua acção não pode exceder os limites da democracia. Prometem vigilância activaApós publicação de 'simplex' escolas traçam calendárioAs escolas vão ter cinco dias para definir o calendário da avaliação dos seus professores. Depois da publicação do despacho regulamentar que simplifica o modelo, e que será aprovado no próximo conselho de Ministros, os professores terão uma semana para dizer se querem ter aulas observadas, se exigem ser avaliados por colegas da mesma área disciplinar, e para traçar os timings do processo. Isto porque, disse ao DN o secretário de Estado Adjunto e da Educação, a negociação terminou. "E como o modelo tem agora todas as condições para ser aplicado, as escolas não terão outra alternativa senão avançar com a sua concretização". Para os sindicatos, a expectativa de que a reunião agendada para segunda-feira ainda pudesse trazer alguma aproximação cai por terra com estas declarações de Jorge Pedreira. "Embora, depois da reunião de quarta-feira, essa expectativa já fosse muito diminuta", confessa João Dias da Silva. Apesar de não baixarem os braços e de continuarem a reivindicar a suspensão do modelo, o secretário geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação reconhece que pouco mais há a fazer. "Temos agora de assumir uma posição de vigilância. Estar atentos à forma como o processo vai correr e às ilegalidades que possam advir dos novos despachos". O dirigente sindical tem, contudo, muitas dúvidas que o modelo funcione, "por falta de isenção e articulação com a realidade".Os sindicatos não desistiram da sua acção reivindicativa e mantêm as acções de protesto, nomeadamente o abaixo-assinado e a greve geral para o dia 19 de Janeiro, sublinha João Dias da Silva. "Não estamos conformados. Mas foi o Ministério da Educação que fechou unilateralmente o assunto, dando por certo aquilo que decidiu. A nossa reacção não pode exceder os limites da democracia."

Simplificação do modelo
Para o Governo, estão criados todos os mecanismos para que o processo avance já em Janeiro. Para isso, contribuem os despachos recentes que clarificam as quotas e a delegação de competências. Jorge Pedreira acredita que, com o simplex, não haverá necessidade de nomear muitos avaliadores, pois vários professores abdicarão das aulas observadas e estes terão menos trabalho. A simplificação, diz, fará também com que sejam poucos os avaliadores a precisar de fazer horas extraordinárias. Jorge Pedreira acredita ainda que haverá poucos casos em que será necessário recorrer a avaliadores de outra escola para garantir a avaliação por alguém da mesma área científica. "Pode haver um ou outro caso. Esse desejo terá de ser expresso ao conselho executivo que comunicará à direcção regional. Essa delegação de competências não é recusável".

0 comentários: