Avaliação dos professores: "Se o Ministério da Educação quiser guerra, vai ter guerra" - Mário Nogueira
06 de Dezembro de 2008, Agência LUSA
Coimbra, 06 Dez (Lusa) - O coordenador da FENPROF afirmou hoje que os professores retomarão a greve se o Ministério da Educação não suspender e alterar o regime de avaliação dos professores.
"Se o Ministério da Educação quiser guerra, vai ter guerra, e a guerra dos professores é forte. O que exigirmos é seriedade e boa-fé", declarou Mário Nogueira, reafirmando que a reunião do dia 15, "de agenda aberta", com o Ministério da Educação abre a possibilidade de suspensão do regime de avaliação, o que contraria a tese do Governo.
Em declarações aos jornalistas, em Coimbra, sublinhou que foi perante o compromisso de discussão não condicionada nessa reunião, pela primeira vez assumido pelo Governo ao longo deste processo, é que as greves regionais da próxima semana foram suspensas.
Jorge Pedreira, secretário de Estado Adjunto da Ministra da Educação, veio afirmar sexta-feira que a "agenda aberta" do próximo dia 15 não significa que o governo esteja disposto a suspender o regime de avaliação, mas Mário Nogueira considera que isso contraria o decidido na última reunião com aquele responsável.
Mário Nogueira afirma existir uma acta do acordado com o Ministério da Educação, em que as duas partes iriam apresentar os argumentos que sustentam as propostas divergentes, procurando convencer-se uma à outra.
"Quero pensar que o Ministério da Educação tem essa seriedade e boa-fé", referiu, acrescentando que da parte dos sindicatos "a disponibilidade é total", ao ponto de os levar a suspender as greves regionais, e a dar um sinal à sociedade de que querem dialogar para resolver o diferendo.
Na sua perspectiva, o que neste momento se coloca é a suspensão do modelo, e "só por teimosia e obstinação é que o Ministério não quer reconhecer isso".
Referiu que o modelo de avaliação está já praticamente suspenso em todas as escolas. Em 400 delas os professores já assumiram a sua suspensão, e num milhar está parado o processo.
Os sindicatos, com a suspensão do modelo de avaliação, para a negociação de um novo regime, querem que seja adoptado um regime transitório, que incida sobre aspectos científicos e pedagógicos, e não sobre questões administrativas, com admite os Ministério da Educação, referiu.
Na sua perspectiva, a alteração do regime de avaliação dos professores, por mais pequena que seja, vai implicar consequentemente a revisão do Estatuto da Carreira Docente, documento onde pretendem também ver introduzidas outros modificações, nomeadamente no que se refere às quotas de mérito.
Nesse sentido, a propósito da passagem do segundo ano do Estatuto, será realizada uma greve nacional de professores em Janeiro, e caso não haja acordo com o Ministério da Educação sobre o regime de avaliação serão retomadas as greves regionais agora suspensas.
"O secretário de Estado tentou marcar uma posição de força com as declarações que faz. Os sindicatos não precisam, porque está expressa", referiu, em alusão à posição de Jorge Pedreira na sexta-feira e às greves que mobilizaram "94 por cento dos professores".
"Se o Ministério da Educação quiser guerra, vai ter guerra, e a guerra dos professores é forte. O que exigirmos é seriedade e boa-fé", declarou Mário Nogueira, reafirmando que a reunião do dia 15, "de agenda aberta", com o Ministério da Educação abre a possibilidade de suspensão do regime de avaliação, o que contraria a tese do Governo.
Em declarações aos jornalistas, em Coimbra, sublinhou que foi perante o compromisso de discussão não condicionada nessa reunião, pela primeira vez assumido pelo Governo ao longo deste processo, é que as greves regionais da próxima semana foram suspensas.
Jorge Pedreira, secretário de Estado Adjunto da Ministra da Educação, veio afirmar sexta-feira que a "agenda aberta" do próximo dia 15 não significa que o governo esteja disposto a suspender o regime de avaliação, mas Mário Nogueira considera que isso contraria o decidido na última reunião com aquele responsável.
Mário Nogueira afirma existir uma acta do acordado com o Ministério da Educação, em que as duas partes iriam apresentar os argumentos que sustentam as propostas divergentes, procurando convencer-se uma à outra.
"Quero pensar que o Ministério da Educação tem essa seriedade e boa-fé", referiu, acrescentando que da parte dos sindicatos "a disponibilidade é total", ao ponto de os levar a suspender as greves regionais, e a dar um sinal à sociedade de que querem dialogar para resolver o diferendo.
Na sua perspectiva, o que neste momento se coloca é a suspensão do modelo, e "só por teimosia e obstinação é que o Ministério não quer reconhecer isso".
Referiu que o modelo de avaliação está já praticamente suspenso em todas as escolas. Em 400 delas os professores já assumiram a sua suspensão, e num milhar está parado o processo.
Os sindicatos, com a suspensão do modelo de avaliação, para a negociação de um novo regime, querem que seja adoptado um regime transitório, que incida sobre aspectos científicos e pedagógicos, e não sobre questões administrativas, com admite os Ministério da Educação, referiu.
Na sua perspectiva, a alteração do regime de avaliação dos professores, por mais pequena que seja, vai implicar consequentemente a revisão do Estatuto da Carreira Docente, documento onde pretendem também ver introduzidas outros modificações, nomeadamente no que se refere às quotas de mérito.
Nesse sentido, a propósito da passagem do segundo ano do Estatuto, será realizada uma greve nacional de professores em Janeiro, e caso não haja acordo com o Ministério da Educação sobre o regime de avaliação serão retomadas as greves regionais agora suspensas.
"O secretário de Estado tentou marcar uma posição de força com as declarações que faz. Os sindicatos não precisam, porque está expressa", referiu, em alusão à posição de Jorge Pedreira na sexta-feira e às greves que mobilizaram "94 por cento dos professores".
6.12.08
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