No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Professora terá utilizado fita-cola para calar alunos do 3º ano

Os pais de três alunos do 3º ano do 1º ciclo da escola EB1 do Salgueiral, em Guimarães, processaram a professora de inglês da turma por maus-tratos infantis. Segundo os encarregados de educação, a professora castigou as crianças, com idades entre os sete e os oito anos, sentando-os de frente para a parede e com as bocas tapadas com fita-cola, como castigo pelo mau comportamento.Tudo terá acontecido na passada segunda-feira, o primeiro dia de aulas do 3º período. “Os alunos estavam irrequietos por ser o dia de regresso às aulas e falavam entre si”, conta Fernando Nogueira, pai de uma das crianças, que ontem denunciou o sucedido.O encarregado de educação não se conforma, no entanto, com o castigo escolhido pela professora de inglês: “Nada justifica as proporções do castigo”. Segundo o seu filho, “a professora exaltou-se, foi ao armário buscar um rolo de fita-adesiva e tapou a boca” a três alunos, obrigando-os a virarem-se de costas para a turma até ao final da aula.“O meu filho tem problemas respiratórios”, explica Fernando Nogueira, justificando que o filho “teve que fugir da sala” perante a insistência da professora no castigo. No entanto, os outros dois colegas “passaram quase uma hora com a fita-cola colada na boca e de costas para a turma”, conta o encarregado de educação.Os pais dos três alunos, que alegadamente foram mal tratados pela professora de inglês, apresentaram hoje mesmo uma queixa-crime por maus-tratos sobre menores junto do Ministério Público, do Tribunal de Guimarães. A queixa dos encarregados de educação seguiu também para a Direcção Regional de Educação do Norte e para o Ministério da Educação. A advogada de Fernando Nogueira pondera ainda processar a escola EB 1 do Salgueiral, imputando-lhe responsabilidades pelo sucedido.Pais reuniram com direcção da escolaEntretanto, os pais dos alunos envolvidos estiveram reunidos com a direcção da escola, hoje ao final da tarde. Na reunião, os encarregados de educação expuseram o caso, exigindo o afastamento da professora em causa. Na reunião, alguns pais presentes propuseram que a professora fosse afastada imediatamente, acusando-a de já ter utilizado outras práticas pouco comuns para castigar a turma.De acordo com os pais, a direcção do agrupamento escolar em que está integrada a Escola EB1 do Salgueiral prometeu “tomar medidas e agir em conformidade”, assim que tiver esclarecido o sucedido. Deste modo, acabou por ficar acordado entre os encarregados de educação e a escola, que as serão tomadas medidas no final de um inquérito interno entretanto aberto para averiguar o que se passou na tarde da passada segunda-feira.Mas, para alguns dos pais, as garantias da escola não são suficientes. Fernando Nogueira garante mesmo que o seu filho “não volta às aulas de inglês enquanto a professora se mantiver em funções”.A direcção do agrupamento vertical D. Afonso Henriques, ao qual pertence a escola do primeiro ciclo do Salgueiral recusou prestar declarações até que o processo de inquérito esteja terminado. O PÚBLICO tentou também contactar a professora envolvida, mas não foi possível ouvir a docente. A professora em causa não faz parte do corpo docente da escola, uma vez que está contratada, pela autarquia, ao abrigo do programa de ensino de inglês no básico, lançado há dois anos.

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