Armas de fogo apreendidas foram tantas como há 10 anos
A circulação de armas brancas está a aumentar em meio escolar, referem dados recolhidos pela Equipa de Missão para a Segurança Escolar encarregada de sistematizar os dados sobre violência nas escolas portuguesas.Segundo o responsável pelo Gabinete Coordenador de Segurança, general Leonel Carvalho, foram apreendidas 165 armas brancas (canivetes, facas), no ano passado, nos estabelecimentos de ensino. De acordo com as participações às forças de segurança, os números registados nos relatórios do Programa Escola Segura ao longo da última década permitem constatar ainda que o número de armas de fogo apreendidas no último ano lectivo (13) foi praticamente igual às armas apreendidas há precisamente dez anos (12). E que as agressões entre e contra os alunos aumentaram substancialmente. O número de 348 alunos vítimas de violência em 2000 cresceu para 1014 em 2005. Um considerável aumento também se verificou entre as vítimas de violência escolar que receberam tratamento hospitalar. Os mesmos dados estatísticos indicam ainda, contrariando o senso comum, que as agressões contra os professores diminuíram em quase metade, no ano passado, totalizando 185 casos, comparativamente ao ano anterior, em que foram registadas 390 situações de professores agredidos. Ontem, o secretário de Estado da Administração Interna, Rui Sá Gomes, disse que o número de armas apreendidas nas escolas não tem aumentado.”O número não aumentou, é um fenómeno normal, não houve evolução”, disse, defendendo que o Programa Escola Segura é uma resposta “eficaz” ao problema. Rui Sá Gomes adiantou ainda que deve existir “continuidade no trabalho que tem estado a ser desenvolvido” de forma a acautelar esses fenómenos. Por seu turno, o novo director nacional da PSP, superintendente-chefe Francisco Oliveira Pereira, considerou estes casos muito preocupantes mas adiantou que são “pontuais”. Segundo este responsável, estes fenómenos “existiram sempre, mas há alturas em que se lhes dá mais relevância”. Um problema antigo Os actos violentos nas escolas não são um problema novo. No ano escolar de 1999/2000, o relatório do Programa Escola Segura dava conta de 1703 ocorrências verificadas nas escolas, registando um aumento de 60 por cento de ilícitos praticados em meio escolar: três centenas de ofensas corporais, 111 ameaças de bomba, 178 roubos e 116 actos de vandalismo. Dados de fontes policiais, para o mesmo período, indicavam a apreensão de 15 armas de fogo. Em comparação com as estatísticas existentes desde 1996, estes dados demonstravam terem triplicado os casos de pessoas tratadas nos hospitais em consequência de actos violentos nas escolas, quadruplicado as armas de fogo apreendidas (15 contra 4), quase sextuplicando as ocorrências nas quais estiveram envolvidos grupos. O número de armas brancas encontradas (88) foi onze vezes superior às detectadas em 1996 (8). Foi no ano em que um menino de 12 anos foi surpreendido junto à Escola Básica do Lumiar com uma pistola adaptada para o calibre 6,35 milímetros que fora deixada em casa pelo pai. O mesmo ano em que o então Presidente da República manifestou a sua preocupação com a crescente violência nas escolas e exigiu “regras claras” na aplicação de penas.Mais casos foram divulgados em 2001, em que foram registados 3500 casos de violência sobre professores e alunos nas escolas, grande parte dos quais relacionados com actos de bullyng (alunos contra alunos). Verificaram-se ainda mais de 1500 ocorrências relacionadas com roubo e vandalismo.Em 2002, os números disponíveis do Gabinete de Segurança do Ministério da Educação indicavam que mais de um milhar e meio de alunos tinham sido agredidos dentro da escola. Mil foram roubados ou os seus pertences foram danificados. Estes casos de agressão contra alunos diminuíram relativamente ao ano anterior (2002), embora o conjunto total de ocorrências registadas na escola tenha aumentado. Só no que respeita a acções contra professores, houve um aumento de 138 casos em 2002, para 293, em 2003. No ano anterior, 138 professores foram vítimas de violência, número que aumentou para 293 no ano seguinte.Também as acções contra funcionários subiram nesse ano quase 36 por cento. Foram registadas 315 situações em 2003 comparativamente a 158 no ano anterior. No ano lectivo de 2003/2004, foram registadas 2831 ocorrências nas escolas de todo o país, número que baixou para 2518 no ano seguinte. Ano (2004/2005) em que um total de 191 alunos, professores ou funcionários receberam tratamento hospitalar devido a agressões físicas nas escolas. No total, foram registadas 1232 ofensas à integridade física nos estabelecimentos de ensino. A circulação de armas brancas está a aumentar em meio escolar, referem dados recolhidos pela Equipa de Missão para a Segurança Escolar encarregada de sistematizar os dados sobre violência nas escolas portuguesas. Segundo o responsável pelo Gabinete Coordenador de Segurança, general Leonel Carvalho, foram apreendidas 165 armas brancas (canivetes, facas), no ano passado, nos estabelecimentos de ensino. De acordo com as participações às forças de segurança, os números registados nos relatórios do Programa Escola Segura ao longo da última década permitem constatar ainda que o número de armas de fogo apreendidas no último ano lectivo (13) foi praticamente igual às armas apreendidas há precisamente dez anos (12). E que as agressões entre e contra os alunos aumentaram substancialmente. O número de 348 alunos vítimas de violência em 2000 cresceu para 1014 em 2005. Um considerável aumento também se verificou entre as vítimas de violência escolar que receberam tratamento hospitalar. Os mesmos dados estatísticos indicam ainda, contrariando o senso comum, que as agressões contra os professores diminuíram em quase metade, no ano passado, totalizando 185 casos, comparativamente ao ano anterior, em que foram registadas 390 situações de professores agredidos. Ontem, o secretário de Estado da Administração Interna, Rui Sá Gomes, disse que o número de armas apreendidas nas escolas não tem aumentado.”O número não aumentou, é um fenómeno normal, não houve evolução”, disse, defendendo que o Programa Escola Segura é uma resposta “eficaz” ao problema. Rui Sá Gomes adiantou ainda que deve existir “continuidade no trabalho que tem estado a ser desenvolvido” de forma a acautelar esses fenómenos. Por seu turno, o novo director nacional da PSP, superintendente-chefe Francisco Oliveira Pereira, considerou estes casos muito preocupantes mas adiantou que são “pontuais”. Segundo este responsável, estes fenómenos “existiram sempre, mas há alturas em que se lhes dá mais relevância”.
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