No âmbito do Laboratório de Avaliação da Qualidade Educativa (LAQE), estrutura funcional do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, foi criado, em Março de 2007, o presente blogue onde são colocadas, notícias da imprensa da área da Avaliação Educativa. Esta recolha tem como principal finalidade avaliar o impacte, nos mass media, das questões de avaliação educativas.

Avaliação de professores decorre sem problemas na EB 2/3 do Marão

01.04.2008 - Jornal Público

Dez por cento dos 60 professores da EB 2/3 do Marão, em Amarante, apresentaram hoje os objectivos individuais de desempenho, mais uma etapa do processo de avaliação em curso desde Fevereiro, confirmou fonte do estabelecimento de ensino. Além desta etapa da avaliação a escola também já realizou a primeira ronda das aulas assistidas, a cargo de seis observadores, que decorreu em Fevereiro e Março. Os objectivos individuais dos restantes docentes - a escola tem 60 professores, 45 no quadro e 15 contratados - serão apresentados até 14 de Abril.Apesar de poder delegar essa tarefa, Ercília Costa, presidente do Conselho Executivo da escola, chamou a si o contacto com todos os docentes, cabendo-lhe a avaliação em termos dos objectivos que cada professor se propõe atingir. Cumprimento do serviço lectivo, o abandono e insucesso escolar dos alunos e a participação nos projectos e nas actividades da escola são alguns dos sete itens avaliados aos professores da EB 2/3 do Marão. Ercília Costa explicou que a outra componente da avaliação, do ponto de vista pedagógico, caberá ao coordenador do departamento.Numa altura em que o processo de avaliação dos professores é contestado em manifestações de rua e a sua suspensão/adiamento continua a ser reivindicada pelos sindicatos, a presidente da escola do Marão garante que o diálogo com os docentes tem sido fundamental para fazer andar o processo. "Há muito ruído externo à escola e para termos tranquilidade no processo tive de perceber que é preciso informar, comunicar, formar e partilhar todas as dúvidas com os professores", afirmou a docente.
Insatisfação pela divisão da carreira em duas categorias
Um exemplo do diálogo entre professores e conselho executivo desta escola foi o debate sobre a fórmula a usar nas aulas assistidas. Tranquilidade é a palavra-chave que Ercília Costa usa para caracterizar o processo que envolve a escola, apesar de reconhecer que "a maioria da classe docente está insatisfeita". "Sinto que as razões da insatisfação têm por base a divisão da carreira em duas categorias, a de professor e a de professor titular", sublinhou.Segundo Ercília Costa, que leva dois anos de mandato como presidente mas pertence ao quadro directivo da escola desde 1995, todos os professores tinham a expectativa de atingir o topo da carreira e hoje sabem que isso não vai acontecer. "Há uma resistência à mudança e toda a mudança traz desconfiança", reconhece a responsável, numa caracterização da luta que os professores vêm travando com o Ministério da Educação.A presidente da EB do Marão considera ainda fundamental que o professor faça "prática reflexiva" no âmbito da sua auto-avaliação. "A ideia é reflectir para corrigir e melhorar o desempenho", concluiu. A segunda ronda de aulas assistidas, na EB 2/3 do Marão, terá lugar ainda na primeira quinzena deste mês.

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