Futuro do país joga-se no Ensino Superior
2009-01-15, Jornal de Notícias
Filipe Almeida é o novo presidente da Federação Académica do Porto. Na véspera da tomada de posse, e numa lógica de continuidade, fala das principais bandeiras. Aos 25 anos, está a cumprir o mestrado integrado em Engenharia Civil.
Que grandes bandeiras seguirá em termos de política educativa?
Atendendo ao momento político, há três grandes lutas que preconizamos para este ano. Uma delas prende-se com a revisão da lei da Acção Social. Em tempos de crise, há um problema relacionado com os nossos estudantes: as suas condições económico-financeiras a nível de ensino. Há um atraso no pagamento das bolsas de estudo. Vamos tentar perceber, pelo diálogo, de quem é a responsabilidade e agir em conformidade.
Além dessa falta de pagamento, temos o desemprego. A taxa entre licenciados continua preocupante.
Que grandes bandeiras seguirá em termos de política educativa?
Atendendo ao momento político, há três grandes lutas que preconizamos para este ano. Uma delas prende-se com a revisão da lei da Acção Social. Em tempos de crise, há um problema relacionado com os nossos estudantes: as suas condições económico-financeiras a nível de ensino. Há um atraso no pagamento das bolsas de estudo. Vamos tentar perceber, pelo diálogo, de quem é a responsabilidade e agir em conformidade.
Além dessa falta de pagamento, temos o desemprego. A taxa entre licenciados continua preocupante.
O que é possível fazer?
A taxa continua preocupante, sobretudo no Norte. Fala-se muito em empreendedorismo, de os estudantes darem um passo em frente e combaterem a crise pelo facto de não haver disponibilidade das empresas para os licenciados exercerem as suas funções. A FAP tem diversos caminhos a percorrer neste sentido, um deles é estabelecer parcerias, nomeadamente com a Associação Empresarial de Portugal e a Associação Comercial do Porto, além de um contacto com a Câmara e as empresas municipais. Isto para perceber que janelas podemos abrir aos estudantes para que essa taxa de desemprego decresça significativamente. Além disso, é bom que as pessoas percebam que o futuro do país joga-se no Ensino Superior. Numa altura em que a crise nos empurra para baixo, há que entender que estamos no mesmo barco: docentes, alunos, funcionários, sociedade e Governo.
Quais são as outras prioridades?
Têm a ver com a revisão do estatuto de trabalhador-estudante, ou seja, adequar o regime à reforma de Bolonha. É preciso uma nova versão desta reforma, num momento em que os estudantes são cada vez mais obrigados a trabalhar para sustentar os estudos. Os pais têm que pagar as contas da casa e podem ter de dizer aos filhos que é altura de deixarem de estudar. Bolonha mudou muito o funcionamento das instituições, a vários níveis, como a questão da frequência obrigatória das aulas e da entrega semanal de trabalhos. E o tipo de avaliação é muito mais centrado no espaço da escola.
A reforma de Bolonha dificulta essa vertente do trabalhador?
Dificulta e de que maneira porque obriga o aluno a estar constantemente a preocupar-se, única e exclusivamente, em tirar o curso.
Qual é a terceira bandeira?
Prende-se com o estatuto da carreira docente. Defendemos um sistema de educação justo e coerente entre todos os agentes que partilham o Ensino Superior.
Há bandeiras mais políticas e estratégicas, como a petição da FAP para a gestão autónoma do aeroporto Francisco Sá Carneiro.
Isso vai de encontro à questão da empregabilidade. É, de facto, uma petição de âmbito mais político. O objectivo é entregá-la ao primeiro-ministro e fazer perceber que seria uma mais valia para a região Norte, principalmente a este nível de emprego directo. Já temos 500 assinaturas e vamos divulgar a petição no Youtube (Internet), com ajuda da Câmara.
Aumentaria o emprego na região?
Sim, porque a gestão aeroportuária a nível comercial podia mudar e as coisas não serem tão centralizadas em Lisboa, existindo um canal que fizesse com que o Norte promovesse as suas actividades.
Outra aposta da FAP para este ano recai nas instalações.
Este é o ano em que será lançada a primeira pedra do pólo zero. E há a valorização das instalações da FAP. A sede pretende ser um meio de trabalho para elementos de associações de estudantes.
Para quando o lançamento da primeira pedra do pólo zero?
Em princípio, meados de Abril. Será um espaço aberto a estudantes, com bar, zona de estudo, biblioteca e um pequeno auditório, de fácil acesso, no centro da cidade. E revitalizará, de certa forma, aquela zona da Praça de Lisboa.
A taxa continua preocupante, sobretudo no Norte. Fala-se muito em empreendedorismo, de os estudantes darem um passo em frente e combaterem a crise pelo facto de não haver disponibilidade das empresas para os licenciados exercerem as suas funções. A FAP tem diversos caminhos a percorrer neste sentido, um deles é estabelecer parcerias, nomeadamente com a Associação Empresarial de Portugal e a Associação Comercial do Porto, além de um contacto com a Câmara e as empresas municipais. Isto para perceber que janelas podemos abrir aos estudantes para que essa taxa de desemprego decresça significativamente. Além disso, é bom que as pessoas percebam que o futuro do país joga-se no Ensino Superior. Numa altura em que a crise nos empurra para baixo, há que entender que estamos no mesmo barco: docentes, alunos, funcionários, sociedade e Governo.
Quais são as outras prioridades?
Têm a ver com a revisão do estatuto de trabalhador-estudante, ou seja, adequar o regime à reforma de Bolonha. É preciso uma nova versão desta reforma, num momento em que os estudantes são cada vez mais obrigados a trabalhar para sustentar os estudos. Os pais têm que pagar as contas da casa e podem ter de dizer aos filhos que é altura de deixarem de estudar. Bolonha mudou muito o funcionamento das instituições, a vários níveis, como a questão da frequência obrigatória das aulas e da entrega semanal de trabalhos. E o tipo de avaliação é muito mais centrado no espaço da escola.
A reforma de Bolonha dificulta essa vertente do trabalhador?
Dificulta e de que maneira porque obriga o aluno a estar constantemente a preocupar-se, única e exclusivamente, em tirar o curso.
Qual é a terceira bandeira?
Prende-se com o estatuto da carreira docente. Defendemos um sistema de educação justo e coerente entre todos os agentes que partilham o Ensino Superior.
Há bandeiras mais políticas e estratégicas, como a petição da FAP para a gestão autónoma do aeroporto Francisco Sá Carneiro.
Isso vai de encontro à questão da empregabilidade. É, de facto, uma petição de âmbito mais político. O objectivo é entregá-la ao primeiro-ministro e fazer perceber que seria uma mais valia para a região Norte, principalmente a este nível de emprego directo. Já temos 500 assinaturas e vamos divulgar a petição no Youtube (Internet), com ajuda da Câmara.
Aumentaria o emprego na região?
Sim, porque a gestão aeroportuária a nível comercial podia mudar e as coisas não serem tão centralizadas em Lisboa, existindo um canal que fizesse com que o Norte promovesse as suas actividades.
Outra aposta da FAP para este ano recai nas instalações.
Este é o ano em que será lançada a primeira pedra do pólo zero. E há a valorização das instalações da FAP. A sede pretende ser um meio de trabalho para elementos de associações de estudantes.
Para quando o lançamento da primeira pedra do pólo zero?
Em princípio, meados de Abril. Será um espaço aberto a estudantes, com bar, zona de estudo, biblioteca e um pequeno auditório, de fácil acesso, no centro da cidade. E revitalizará, de certa forma, aquela zona da Praça de Lisboa.
23.1.09
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