Avaliação externa às escolas e cursos profissionais começa em Fevereiro
O secretário de Estado da Educação anunciou hoje, no Porto, que em Fevereiro será lançado pela Agência Nacional para a Qualificação o programa de avaliação externa das escolas e cursos profissionais. "Queremos avaliar o sistema do ponto de vista quantitativo e qualitativo, perceber o que está a funcionar bem e o que está a funcionar mal para podermos aperfeiçoar o modelo", disse Valter Lemos.O secretário de Estado falava na abertura do seminário nacional sobre os 20 anos do ensino profissional em Portugal, organizado pela Universidade Católica do Porto. Segundo Valter Lemos, "a decisão tomada há 20 anos [pelo então ministro da Educação, Roberto Carneiro] revelou-se das mais acertadas, é uma história de sucesso que orgulha o país e os seus protagonistas"."É um caminho recomendado ao país há muitos anos, foi bem perseguido durante estes 20 anos, mas Portugal precisa agora de dar outro salto neste sector", sustentou o secretário de Estado. Valter Lemos considerou que "o número de oportunidades que os estudantes têm no âmbito dos cursos profissionais ainda não é adequado, quer às expectativas dos jovens e das suas famílias quer às necessidades do país".Contudo, admitiu que se tem vindo a fazer "um enorme esforço de alargar o ensino profissional", referindo que "nos últimos três ou quatro anos triplicou o número de alunos a frequentar os cursos profissionais". O secretário de Estado congratulou-se com o "óptimo" trabalho realizado pelas escolas profissionais no que se refere, nomeadamente à "elevada empregabilidade dos jovens diplomados".Resposta positiva das escolas"As escolas secundárias públicas chamadas mais recentemente por este Governo a este desafio responderam também de forma muito positiva e muito afirmativa", disse Valter Lemos, considerando que existem actualmente as condições para avançar com "segurança e consolidação" o modelo profissional.O responsável congratulou-se ainda com o facto da sociedade portuguesa apoiar "de forma clara e inequívoca esta necessidade de, por um lado permitir que mais jovens concluam o seu percurso de estudos ao nível do ensino secundário e, por outro lado, diversificar esta oferta e aumentar a promoção da igualdade de oportunidades para todos os jovens". "O nosso objectivo é que o jovens possam fazer a sua progressão no Ensino Secundário de acordo com aquilo que são as suas expectativas os seus interesses e ao mesmo tempo cumprindo necessidades que a sociedade hoje considera imprescindíveis", acrescentou.Questionado pelos jornalistas, Roberto Carneiro, considerado o "pai" do ensino profissional em Portugal, considerou que esta via é "uma necessidade" para o país. "Portugal tem de apanhar rapidamente o comboio da Europa também neste aspecto. No resto da Europa, 60 a 70 por cento dos alunos seguem pela via profissional e só 30 a 40 por cento segue a via do ensino geral", salientou Roberto Carneiro. Em seu entender, "a via profissional tende a ser a via mais qualificada, mais procurada pelos alunos que chegam aos 15 anos de idade e querem uma dupla certificação (ingressar no ensino superior ou na vida activa). Penso que é isso que vai acontecer em Portugal".Subordinado ao tema "Analisar o Passado e Olhar o Futuro", o seminário, que decorre até sexta-feira, visa analisar os 20 anos da publicação do Decreto-Lei 26/89 que possibilitou, logo em 1989, o arranque de 50 novas escolas profissionais.
23.1.09
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Avaliação
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