Alunos do politécnico queixam-se de greve em avaliações
Os alunos do Ensino Superior Politécnico queixam-se da "forma grave" como a greve dos docentes está a afectar as suas avaliações, mas o sindicato responsável comprometeu-se a "fazer tudo" para que o processo seja retomado.
A Associação de Estudantes do Instituto Superior Politécnico do Porto (AEIEP), numa mensagem enviada aos seus associados, afirma que "a situação está a chegar a um ponto insustentável" porque a greve "está a afectar de uma forma grave o bom desempenho das avaliações e os alunos, muitos dos quais não vão poder finalizar o curso este mês".
Estudantes daquele instituto, em mensagens enviadas à Lusa, dão conta de centenas de exames que estão por fazer, com adesão total dos docentes à greve convocada pelo Sindicato do Ensino Superior (SNESup).
A AEIEP afirma já estar a tentar junto do conselho directivo uma recalendarização das avaliações e pediu ao SNESup uma reunião para saber os "reais interesses dos docentes" e inquirir sobre um possível prolongamento da greve.
No Instituto Superior de Engenharia do Porto, por exemplo, de 900 alunos inscritos em exames, apenas 12 os fizeram, segundo os dados do Sindicato sobre a adesão à greve.
"Com esta greve, na próxima semana vão realizar-se os exames que estavam programados nesta, mais os da próxima semana. Muitos houve que passaram para a época de recurso e a época de recurso passou para Setembro", refere a associação.
Contactado pela Lusa, o presidente do SNESup considerou normais os protestos dos alunos pelos atrasos nos exames, mas comprometeu-se a "fazer tudo" para que as avaliações sejam retomadas.
"Quisemos desde o início deixar claro que não marcámos a greve com intenção de os prejudicar, mas a verdade é que não tivemos alternativa", disse Gonçalo Xufre.
"Temos recebido dos alunos o sentimento de perturbação que a greve lhes está a provocar, mas é normal, apesar de lamentarmos e contarmos com a sua compreensão", acrescentou.
Da parte dos docentes, "tudo farão para que seja reposta a avaliação dos alunos" depois de terminar a semana de greve, que começou na passada terça-feira.
Gonçalo Xufre notou que as queixas dos estudantes podem sugerir ao ministério da Ciência e do Ensino Superior "uma tomada de consciência da dimensão do protesto".
Quanto à greve, o sindicato está "a avaliá-la" e não ignora que as queixas dos estudantes são uma forma de pressão para que acabe a paralisação.
"Isso está sempre no nosso pensamento. Entre hoje e segunda-feira iremos avaliar a situação e tomar uma decisão", disse.
Da parte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), o SNESup continua sem ter "qualquer contacto". Gonçalo Xufre referiu que pediu "há uma semana" ao gabinete de Mariano Gago a versão aprovada em Conselho de Ministros do contestado regime de transição de carreiras e ainda não teve qualquer resposta.
O SNESup contesta o regime de transição de carreiras imposto para o subsistema politécnico, que não acautela totalmente a situação de milhares de professores, que estão há anos em situação precária, em dedicação exclusiva e em tempo integral, com contratos precários renováveis em muitos casos de dois em dois anos.
A Lusa contactou o MCTES, mas ainda não obteve resposta.
A Associação de Estudantes do Instituto Superior Politécnico do Porto (AEIEP), numa mensagem enviada aos seus associados, afirma que "a situação está a chegar a um ponto insustentável" porque a greve "está a afectar de uma forma grave o bom desempenho das avaliações e os alunos, muitos dos quais não vão poder finalizar o curso este mês".
Estudantes daquele instituto, em mensagens enviadas à Lusa, dão conta de centenas de exames que estão por fazer, com adesão total dos docentes à greve convocada pelo Sindicato do Ensino Superior (SNESup).
A AEIEP afirma já estar a tentar junto do conselho directivo uma recalendarização das avaliações e pediu ao SNESup uma reunião para saber os "reais interesses dos docentes" e inquirir sobre um possível prolongamento da greve.
No Instituto Superior de Engenharia do Porto, por exemplo, de 900 alunos inscritos em exames, apenas 12 os fizeram, segundo os dados do Sindicato sobre a adesão à greve.
"Com esta greve, na próxima semana vão realizar-se os exames que estavam programados nesta, mais os da próxima semana. Muitos houve que passaram para a época de recurso e a época de recurso passou para Setembro", refere a associação.
Contactado pela Lusa, o presidente do SNESup considerou normais os protestos dos alunos pelos atrasos nos exames, mas comprometeu-se a "fazer tudo" para que as avaliações sejam retomadas.
"Quisemos desde o início deixar claro que não marcámos a greve com intenção de os prejudicar, mas a verdade é que não tivemos alternativa", disse Gonçalo Xufre.
"Temos recebido dos alunos o sentimento de perturbação que a greve lhes está a provocar, mas é normal, apesar de lamentarmos e contarmos com a sua compreensão", acrescentou.
Da parte dos docentes, "tudo farão para que seja reposta a avaliação dos alunos" depois de terminar a semana de greve, que começou na passada terça-feira.
Gonçalo Xufre notou que as queixas dos estudantes podem sugerir ao ministério da Ciência e do Ensino Superior "uma tomada de consciência da dimensão do protesto".
Quanto à greve, o sindicato está "a avaliá-la" e não ignora que as queixas dos estudantes são uma forma de pressão para que acabe a paralisação.
"Isso está sempre no nosso pensamento. Entre hoje e segunda-feira iremos avaliar a situação e tomar uma decisão", disse.
Da parte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), o SNESup continua sem ter "qualquer contacto". Gonçalo Xufre referiu que pediu "há uma semana" ao gabinete de Mariano Gago a versão aprovada em Conselho de Ministros do contestado regime de transição de carreiras e ainda não teve qualquer resposta.
O SNESup contesta o regime de transição de carreiras imposto para o subsistema politécnico, que não acautela totalmente a situação de milhares de professores, que estão há anos em situação precária, em dedicação exclusiva e em tempo integral, com contratos precários renováveis em muitos casos de dois em dois anos.
A Lusa contactou o MCTES, mas ainda não obteve resposta.
14.7.09
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Etiquetas:
Avaliação - Ensino Superior
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1 comentários:
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