Programa de acesso a computadores e Internet alargado aos 5º e 6º anos
O primeiro-ministro anunciou hoje, em Matosinhos, o alargamento do programa governamental de acesso a computadores e Internet aos alunos do 5º e 6º anos de escolaridade.Segundo José Sócrates, os alunos podem optar pelo "Magalhães", disponível desde hoje para os alunos do 1º ao 4º ano de escolaridade, ou pelo programa e-escolas destinado aos alunos do 7º ao 12º anos de escolaridade. "Podem optar pelo programa que mais lhes convêm nas mesmas circunstância que os restantes alunos", sublinhou José Sócrates, que falava na escola EB1 Padre Manuel de Castro, em S. Mamede Infesta, Matosinhos. Nesta escola, o primeiro-ministro assinalou o início da distribuição dos cerca de três mil computadores portáteis "Magalhães" aos alunos do primeiro ciclo. "O dever de um Governo, hoje, já não é apenas proporcionar formalmente o direito à educação. O dever de um Governo é proporcionar uma boa educação. Foi por isso que avançámos com este projecto", disse José Sócrates. O primeiro-ministro lembrou que "está provado que o uso de ferramentas informáticas proporciona melhores índices de aprendizagem e melhora os resultados". "Estamos hoje a formar uma nova geração de portugueses que domina o inglês e as tecnologias de informação e comunicação. Será uma geração mais bem preparada e em melhores condições para servir o objectivo do desenvolvimento do nosso país", frisou. O primeiro-ministro realçou que este programa e-escolinha, "além de melhorar a educação, vai fazer chegar um computador a muitas casas onde isso ainda não tinha sido possível, funcionando assim, também, como uma oportunidade de infoinclusão". "O Estado esteve na origem e liderou o projecto, mas este não é um programa do Governo, é sim o resultado de uma parceria entre o Estado, a escola, os operadores e as autarquias", vincou. O primeiro-ministro criticou quem se empenha em desvalorizar o "Magalhães", considerando que essa é "uma atitude de quem não precisa, porque quem precisa da ajuda do Estado fica satisfeito por finalmente dispor de um programa capaz de responder a dois desafios: melhorar a educação e melhorar os índices de utilização de computadores". José Sócrates congratulou-se com o facto de, em Portugal, todos os alunos do 1º ao 12º anos de escolaridade terem a partir de hoje acesso a um computador em condições "muito vantajosas", referindo, em relação à Internet, que todas as escolas do país terão "uma velocidade de banda larga superior à que existia". Metade dos alunos com computador em 2010O coordenador do Plano Tecnológico afirmou hoje que, em 2010, haverá um computador por cada dois alunos, o que tornará Portugal num dos países mais bem equipados a nível mundial. O rácio actual é 11,3 alunos por cada computador, no final do ano será de cinco alunos por PC e, em 2010, será de dois alunos por aperelho, revelou o coordenador do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho. "Isto significa que em termos de quadros interactivos (nas salas de aula), banda larga e computadores, as escolas portuguesas ficarão equipadas ao melhor nível em termos mundiais", disse à Lusa Carlos Zorrinho. O coordenador do Plano Tecnológico deslocou-se à Escola Básica Hélia Correia, de Mafra, para uma entrega de computadores "Magalhães" aos alunos do primeiro ciclo. Computador "democratiza" o ensinoA ministra da Educação considerou que a distribuição de computadores com ligação à Internet a alunos constitui "o instrumento principal da democratização do ensino", permitindo "igualdade de oportunidades" no acesso à informação e ao conhecimento. "O computador com ligação à Internet permite o acesso à grande biblioteca global, onde reside o essencial do conhecimento e da informação", explicou Maria de Lurdes Rodrigues, após inaugurar o novo centro escolar da vila alentejana de Portel (Évora), um dos primeiros do país onde 300 alunos do primeiro ciclo receberam hoje "encantados" exemplares de computadores portáteis "Magalhães".
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